quarta-feira, 27 de outubro de 2010

DUPLA IMPLACÁVEL


NOTA: 4.
"Não sou seu motorista, sou seu parceiro." James Reese

Se você gostou de Busca implacável e quer ver o filme de novo, pode assistir a esse Dupla implacável. Se assistiu e não tem a menor pretensão de assistir novamente, passe longe deste Dupla implacável, que tem até mesmo o nome quase igual. Assim como o desenrolar da história.
Sai Liam Neeson e entram John Travolta e Jonathan Rhys Meyers. Reese (Meyers) é uma espécie de agente duplo que trabalha para o embaixador americano na França ao mesmo tempo que trabalha para alguma agência secreta, seja lá qual agência for. Ele é um agente pé de chinelo que realiza trabalhos simples como trocar placas de um carro ou plantar uma escuta em um escritório. Até que é chamado para ser parceiro de Charlie Wax (Travolta).
Já Wax é um agente chamado para resolver grandes problemas. Porque alguém chama Wax para trabalhar é um grande mistério, já que tudo para ele se resolve atirando e explodindo coisas. Assim como é um mistério qual sua verdadeira missão, mas isso não faz grande diferença já que as únicas missões que importam é de Wax matando pessoas e as pessoas tentando matar Wax.
O diretor Pierre Morel, o mesmo do já citado Busca implacável, faz o mesmo trabalho que em seu filme anterior. Ele, que antes era diretor de fotografia, leva o filme em cima de uma premissa que beira a estupidez e resolve tudo da maneira mais fácil possível, torcendo para a platéia não pensar muito até a cena de ação seguinte. Não há surpresas no filme. Não há mistério. Ele explode um lugar que tem uma pista para outro lugar. Nesse lugar que ele vai explodir em seguida tem uma pista para outro lugar que também vai ser explodido e por aí vai. Tudo da maneira mais idiota possível. Não interessa história, interessa apenas tiros e explosões, que não são interessantes.
E todas as cenas de ação são entrecortadas com cenas ridículas que supostamente deveriam ser engraçadas. Pelo menos EU não acho engraçado ver Reese carregando um jarro com cocaína dentro para cima e para baixo, chegando a cheirá-la dentro da Torre Eiffel. Acho simplesmente ridículo.
Entra agora um detalhe curioso para quem quiser reparar em como os filmes de ação eram feitos antigamente e como são feitos hoje. Antes, e quando digo antes quero dizer desde antes da primeira versão de Robin Hood já feita, os atores treinavam o tipo de luta que iam realizar no filme para poderem fazer suas cenas de ação. O resultado valia a pena, já que víamos os astros realmente fazendo as cenas. Agora, repare que as cenas não são feitas por Travolta (nada contra ele, tanto que até já me declarei seu fã). Ou na cena vemos o rosto de Travolta ou vemos o corpo de alguém fazendo as cenas de ação. Nunca os dois ao mesmo tempo. 
O resultado é um filme de ação pobre, como a maioria que está saindo nesses últimos tempos. Por que fazer uma cena de ação bem feita se pode-se chegar na sala de edição e juntar um monte de movimentos desconexos e fazer um filme? Em Os mercenários as cenas de ação eram confusas mas pelo menos os atores estavam fazendo. Aqui são confusas e sem rosto algum. Outro filme de ação que não entrega o que deveria. Não indicaria nem para fãs do gênero.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...