sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON – THE CURIOUS CASE OF BENJAMIN BUTTON


NOTA: 9,5.

David Fincher, diretor de Clube da Luta e Seven, nos conta essa triste e emocionante história. Difícil de acreditar que o homem que sempre mostrou criatividade e tecnologia em seus filmes se preocupe em contar uma história mais singela e visualmente mais simples. Não que não tenha tecnologia (Pitt e Blanchet com 17 anos estão presentes no filme, assim como Pitt com 80), mas os efeitos presentes no filme passam batidos e servem apenas para contar a história. Assim, Fincher sobe um degrau como diretor (e olhe que ele já era muito bom).

Brad Pitt, em sua terceira parceria com Fincher, encarna o personagem título que nasce com 80 anos, um bebê com todas as rugas e doenças da velhice, e vai rejuvenescendo com o passar do tempo. Abandonado pelo pai por sua aparência, ele é criado por uma mulher doce que trabalha e mora em um asilo. Assim, Benjamin cresce entre as pessoas que apesar de não terem sua idade, pelo menos aparentam com ele. É lá onde ele conhece a personagem de Cate Blanchett, neta de uma das internas e seu grande amor. Ao fazer 17 anos, ele começa a trabalhar em um navio onde sai para conhecer o mundo, ajudar na guerra e conhecer um amor em terras estrangeiras (Tilda Swinton, mais velha na idade e mais nova na aparência).

Isso tudo pode parecer estranho, mas o mundo de Button é diferente do nosso, além do seu caso peculiar, temos um homem que já foi atingido por um raio 5 vezes e uma mulher velha atravessa a nado o canal da mancha. Tendo dito isso, o caso de Benjamin não é assim tão absurdo, certo? O Próprio Benjamin não é tão comum assim. Quando encara a morte pela primeira vez, ele simplesmente ajuda a carregar o corpo. Vai visitar seu grande amor e ela prefere sair com os amigos? Ele não discute, apenas vira as costas e segue seu caminho. Parece que, por sua condição, Benjamin sabe mais sobre o tempo do que nós. A velha estava no seu tempo de morrer, assim como não era ainda seu tempo de estar com sua amada.

Pitt mostra (mais uma vez) seu valor. Não que precisasse. Uma revista elegeu seu personagem em Clube da Luta, Tyler Durden, como o melhor personagem de todos os tempos. Além de vários outros personagens que ele interpreta com maestria, como Jesse James para citar outro exemplo. Do outro lado da linha da vida, uma não menos magnífica Cate Blanchett (a prova de qualquer crítica e mostrando que “a maldição do Oscar” é bobagem) dá vida ao seu par romântico.

Um filme que visto em qualquer ordem, merece ser revisto. O melhor de Fincher. Que deve agradecer ao maravilhoso trabalho do roteirista Eric Roth, que já escreveu O Bom Pastor, Munique, Ali e Forrest Gump.
PS: Para poder realizar esse filme, Fincher fechou um orçamento de 150 milhões para filmá-lo junto com Zodíaco (que era a verdadeira aposta dos estúdios financiadores). O filme teve essa semana, nada menos que 13 indicações ao oscar. Incluindo Filme, diretor, ator e roteiro.

CONAN, O BÁRBARO – CONAN, THE BARBARIAN


NOTA: 9.

Esqueça a bobagem da continuação, estou falando do original. Um épico com (muito) sangue, suor, lágrimas e vingança (como todo épico deve ser).

Pouco antes de lançar este filme, (o diretor) John Milius trabalhou no roteiro de Apocalypse Now com Copolla. Aqui, ele escreve o roteiro com Oliver Stone. Parece que ele é bom de parceria, porque em ambos são filmes inesquecíveis.

Tomando licenças quanto à origem do personagem, Milius conta como Conan se tornou o que é. Quando criança, ainda aprendendo sobre os segredos sobre o aço, ele assiste todo seu povo sendo mortos por Thulsa Doom. Preso como escravo, ele é obrigado a ficar muitos anos empurrando uma engenhoca que aparentemente não tem função nenhuma senão o deixar absurdamente forte. Mais velho, ele passa a ser treinado para virar um gladiador, onde se torna uma máquina de matar com sucesso e glória até ser libertado. Quando isso acontece, ele sabe o que fazer, procurar o homem que matou sua família, que agora é líder de uma seita de adoradores de cobras. E além disso, virou um poderoso feiticeiro.

Bem, esse é outro filme que devemos agradecer por ter sido feito na época certa. Esqueça lutas altamente coreografadas, todas são brutais e cruas, como deveria ser naquela época, com muito sangue e também regado com muito sexo. A estréia de Schwarzenegger foi provavelmente seu melhor filme (talvez seguido de perto do dois “Exterminadores”). E depois sua carreira deslanchou. Para antagonizar, James Earl Jones (a eterna voz de Darth Vader), está perfeito como o feiticeiro. Na verdade, ele engole Schwarzenegger em cena. Mas nada disso importa. O que importa é assistir a esse filme fantástico.

Não posso esquecer a trilha sonora. O compositor Basil Poledouris, que trabalhou em quase uma centena de filmes, entrega uma trilha que não é nada além de perfeita.

No final do filme, há uma cena que mostra Conan sentado no trono. “Mas essa é uma outra história a ser contada...” Dizem as lendas que Milius estaria (há anos) preparando uma continuação para o filme. Quem sabe não está na hora de continuar a história?
PS: Participação especialísima de Max Von Sydow, como o rei.

JOGOS DO PODER – CHARLIE WILSON’S WAR


NOTA: 7,5.

Se fosse resumir em poucas palavras, diria: “Elenco formidável, com uma história boa e um diretor experiente que sabe o que faz.”. O problema, é que essas poucas palavras dão a impressão que a nota deveria ser ainda maior. Bem, o filme é bom, mas não é pra tanto.

Acompanhamos a história de Charlie Wilson, político e libertino. Apesar de parecer que as duas características não deveriam andar juntas, mas aqui (assim como no mundo real também, já que ele e sua histórias são reais) elas são as que melhor definem esse homem. Um dos primeiros contato que temos com ele nos mostra o personagem numa banheira com várias mulheres. E todos estão nus. Wilson então começa a se meter no fundo da guerra entre Afeganistão e a antiga URSS (a história se passa durante a guerra a fria).

É interessante ver a política funcionando a todo vapor para conter a ameaça vermelha. Melhor ainda ver como a política não é regida apenas por políticos, e sim por pessoas ricas com interesses na história toda.

O melhor do filme é o elenco. Fenomenal. Charlie Wilson não parece ser uma pessoa real, mas Tom Hanks, faz com que ele se pareça uma ótima pessoa para se ter por perto. Ao seu lado não somente Philip Seymour Hoffman, mas também Julia Roberts. Roberts dá um toque especial ao filme, mas é Hoffman que divide as melhores ao lado de Tom Hanks. E Hanks nos faz esquecer o Mullet ridículo do péssimo O Código Da Vinci. O único problema é que o filme pára por aí. Um bom filme mas que escapa de ser sencacional. Mas vale a pena assistir. Primeiro filme de Nichols depois de Closer.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

NEON GENESIS EVANGELION

NOTA: 9.

Estou abrindo uma exceção para escrever sobre um série, nesse caso, animada, vencedora de quatro prêmios de melhor animação: 1995, 1996, 1997 e 2007. Isso torna este desenho o maior vencedor da categoria, e assistindo-o é fácil de descobrir o porquê.

Acompanhamos a chegada de Shinji em Tóquio no meio de uma crise. Ele foi para lá a pedido do pai para ser o piloto de um robô gigante, o único meio de proteger a Terra contra monstros ironicamente chamados de “Anjos”. Assim a série segue mostrando como a NERV (uma organização financiada pelo mundo inteiro) protege a Terra. Numa época que os seriados vão em outra direção em relação a ataques de monstros, Evangelion nada contra a corrente e reinventa o gênero de forma brilhante, simplesmente tornando o foco principal os personagens, e não as lutas.

Começaram transformando o desenho mais real, os robôs, quando desconectados dos cabos de energia, não duram mais de cinco minutos e além disso, os personagens são de uma complexidade enorme. Shinji faz tudo que pedem para ele fazer para não ser rejeitado pelas pessoas ao mesmo tempo que pilota o robô para ganhar a aprovação do pai (chefe da NERV) e se odeia. Ele fica aos cuidados de Misato, que no fundo é igual a ele, apenas mais bagunceira e esconde tudo atrás de quantidades semi-letais de álcool. Pilotam com ele a impassível Rei, calada e obediente, que na verdade é um clone misturado da mãe de Shinji com um dos “Anjos”; e Asuka, que tem uma personalidade insuportável que descobrimos ser por conta do suicídio da mãe além de flertar com um homem bem mais velho que ela. Trabalhando na NERV, além de Gendo, pai de Shinji, há Ritsuko, cientista chefe. É ela que destrói os laboratórios quando a verdade atrás de NERV, morrendo no processo junto com Gendo.

Para complicar ainda mais, os robôs não são completamente máquinas, são “Anjos” misturados com tecnologia, e é mostrado quando a parte “Anjo” começa a sobrepujar a parte máquina e aprisiona Shinji dentro de si. E o que dizer do último “Anjo” que Shinji tem que descobrir? É um garoto, a quinta criança (Rei é a primeira, Asuka a segunda, Shinji a terceira e Touji – um amigo de Shinji – a quarta) que se torna amigo dele e chega a dizer que o ama. A série termina ainda de forma anti-climática, se passando na mente de Shinji e sua força para viver.

E não pense que contei a série inteira, isso não é nem metade do que o desenho trata. Difícil de encontrar no Brasil para assistir, atualmente está passando no canal da NET: ANIMAX. Quem tiver e quiser assistir, pode se surpreender com essa obra prima. A série tem filmes posteriores à série que serão descritos aqui também.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

NOTTING HILL


NOTA: 8,5.

Richard Curtis é um cara romântico. Só pode ser. Seu primeiro roteiro de sucesso foi Quatro Casamentos e um Funeral com Hugh Grant, depois veio Grant novamente com esse Notting Hill e por último Simplesmente Amor (sei que vai ficar repetitivo, mas...) novamente com Hugh Grant.

Grant é Wiliam Thaker, o mal sucedido dono de uma pequena livraria que vende apenas livros de viagem. Até que um dia, Anna Scott (Julia Roberts), uma grande estrela de Hollywood, entra em sua loja para comprar um livro. Quando esbarra nela, derrama em ambos suco de laranja e a confusão faz com que eles tenham um caso, que dura até o namorado dela aparecer para visitá-la.

De todos os filmes que citei, é aqui que Grant se encaixa melhor. Compondo quase sempre personagens atrapalhados, ele transforma Thaker num sujeito que não se ajusta ao estilo de vida de Scott. Difícil não torcer para cara de bobalhão que ele faz. Já a escolha de Roberts é a mais acertada possível. Ela faz o papel da estrela de cinema mais bem paga de Hollywood. Isso é até covardia: é Roberts “interpretando” ela mesma.

A história é linda e comovente e oferece tudo que a platéia pode querer. Tem romance pra dar e vender. Não só com a história do casal principal, mas também com os amigos, em especial do homem casado com a mulher de cadeira de rodas. Tocante. Porém, o romance não vem fácil. A imprensa atrapalha, boatos atrapalham, mas é impossível não se apaixonar com a seqüência final, quando ele corre atrás dela com a ajuda dos amigos (e novamente, o marido não deixa a mulher na cadeira de rodas para trás). Destaque especial para um plano seqüência no meio do filme, onde Grant anda pela rua e as estações vão passando durante a caminhada. Tomada maravilhosa.

Para ver e rever sem enjoar. Pelo menos eu não enjôo. Perfeito para qualquer hora. Se é que alguém ainda não viu esse filme...

OBS1: Disfarçado de repórter, Thaker entrevista todo o elenco do filme que Anna Scott está divulgando, incluindo uma menina de 12 anos que é interpretada por Mischa Barton, a Marissa da série The OC.
OBS2: Os amigos de Thaker apresentam mulheres para saírem com ele. Uma delas, que nos créditos aparece como “Perfect Girl”, é Emily Mortimer (Cinturão Vermelho), numa ponta de dois minutos.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

VALENTE – THE BRAVE ONE


NOTA: 4.

Mulher (Jodie Foster) e noivo são duramente espancados. Ela fica em coma por três semanas e quando acorda descobre que o noivo está morto. Depois de sair do hospital e passar um período de medo de sair na rua, ela compra uma arma no mercado negro e começa a andar de noite por lugares escusos para matar criminosos. Substitua “mulher” por “homem” e teremos o filme O Justiceiro (The Punisher), e antes que passe a idéia errada, aviso: não é melhor.

Tudo pelo simples fato de ser um filme com mais erros do que acertos, a começar pelas mortes: toda a violência do filme é sem sentido e as pessoas morrem sem motivo. O noivo e ela são espancados por nada. No mercado, um homem mata a esposa por ela ter pedido divórcio. Um monte de situações jogadas na tela para tentar justificar a transformação dela em uma justiceira.

Pra piorar, o início do filme é um dramalhão de dar enjôo, incluindo a fórmula do “casal perfeito” e uma vizinha que cospe frases de livros de auto-ajuda. E um detalhe: a edição mistura cenas de sexo com cenas de violência extrema e acaba fazendo a cena passar de forma gratuita pros dois lados. Para complicar um pouco a obviedade da trama, ela se envolve com o policial (Terrence Howard) que investiga os assassinatos do “vigilante”, mas não adianta. O filme se perde em quase tudo e só leva essa nota pelas atuações de Foster e Howard.

E não merece mais comentários.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

BOLT


NOTA: 8,5.

Finalmente a Disney volta a lançar um (realmente) bom filme. Antes do começo da era PIXAR, a Disney vinha de enormes sucessos: “A Bela e a Fera” (1991) foi indicado ao Oscar de melhor filme (não existia a categoria de melhor animação), “Aladin” contou com a voz de Robin Williams para estourar as bilheterias mundiais e “O Rei Leão” coroou em grande estilo a ótima fase da produtora. Enquanto a PIXAR entrou em ação ascendente, a Disney foi na direção contrária. Ainda entre o primeiro “Toy Story” e “Vida de inseto” conseguiu alguns sucessos como “O Corcunda de Notre Dame” e “Hércules”, mas depois foram consecutivos filmes medianos e preguiçosos como: “Tarzan”, “Mulan”, “Dinossauro”, “A Nova Onda do Imperador”, “Atlantis”, “Lilo & Stitch”, “Planeta do Tesouro”, “Irmão Urso”, “Nem que a Vaca Tussa” e “Galinho Chiken Little”. Não que sejam ruins (alguns até são), mas são filmes que poderiam ter sido feito por qualquer estúdio. Com o crescimento da animação da DREAMWORKS e até da FOX, convenhamos que a Disney estava devendo e muito.

Eis que surgiu John Lasseter, presidente da PIXAR que virou também presidente da Disney e fez as coisas entrarem nos eixos. BOLT é o primeiro fruto da Disney sobre sua presidência. Seja lá o que ele fez para a PIXAR ser o monstro que é, ele começa a fazer aqui também. BOLT é o filme que Disney precisava para se reerguer e apesar de estar ainda um patamar abaixo da PIXAR, é um ótimo filme. E para ficar ainda melhor: 3D. Mas não se engane achando que o filme é refém da tecnologia, ele tem um ótimo roteiro e animação de primeira linha. O 3D é só um luxo a mais.

Bolt é um cão, astro de uma série juvenil de ação. Para que ele interprete melhor, todos agem como se fosse tudo real e o cachorro realmente acredita que é um supercão. Como ao final de todo capítulo ele salva a mocinha, a platéia do seriado é apenas para crianças. Com intuito de aumentar a faixa etária, eles resolvem criar ameaças mais perigosas e a mocinha é raptada. Desesparado, ele tenta salvá-la a qualquer custo e acaba parando no outro lado do país. Para indicar o caminho de volta, ele pega uma gata de rua (que no seriado são maus) e, acompanhados de um hamster, eles cruzam o país para reencontrar a menina. E nessa viagem ele descobre que não é super ao mesmo tempo que cria um laço de amizade com a gata, que o ensina a ser um cão de verdade.

O seriado permite que o filme tenha cenas de ação ótimas. Isso junto com um roteiro esperto e muito engraçado. Para melhorar, o hamster é simplesmente hilário. E no final, a gente descobre que ele não precisa ser super para ser herói. Diversão de primeira linha recomendada para os grandes e pequenos. Principalmente se for num cinema 3D.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

CINTURÃO VERMELHO – REDBELT


NOTA: 7,5.

Mike tem uma academia de Jiu-Jitsu onde ele ensina não somente a arte da luta, mas suas filosofias. Casado com uma brasileira dona de loja de roupas, ele acumula dívidas e é obrigado por sua mulher a pedir empréstimo ao irmão dela. No bar, acaba salvando um ator de ação de Hollywood de uma briga. Em agradecimento, o ator leva o professor para o mundo de podridão que o cerca.

David Mamet declara seu amor pelo Jiu-Jitsu nesse filme onde o professor é iterpretado muito bem por Chiwetel Ejiofor, que já havia aparecido em filmes como “O Gangster” entre outros. Ele não é apenas um professor, é um guerreiro que tenta se manter íntegro, mesmo estando cercado por um mundo podre. Para contrastar melhor entre o guerreiro que tenta se manter puro e o mundo a sua volta, Mamet se vale de estereótipos e todos os personagens mostrados, com exceção das pessoas da academia, são podres, incluindo o brasileiro Rodrigo Santoro, o que acaba diluindo um pouco a força do filme.

Ainda assim, é ótimo acompanhar a luta pela redenção espiritual de Mike pelo mundo sombrio dos campeonatos. Mike é empurrado para esse mundo do qual não quer participar (competição enfraquece o guerreiro) onde ele tem que lutar (não apenas fisicamente) para sair inteiro. Tanto fisicamente quanto espiritualmente. Não espere longas lutas muito bem coreografadas ao estilo MATRIX e assista a um ótimo filme.

Destaque para a presença de Alice Braga no papel da esposa que continua construindo sua carreira em Hollywood. Destaque negativo para Tim Allen, totalmente deslocado como um ator de ação. Nada que estrague o filme.

domingo, 4 de janeiro de 2009

O ÚLTIMO TREM (THE MIDNIGHT MEAT TRAIN)


NOTA: 1.

Um filme totalmente dispensável.

Esse filme é um arremedo de roteiro com desculpa para mostrar cenas de sadismo, com mortes e mutilações e por aí vai. Um gênero que “O Albergue” popularizou e que infelizmente ainda perdura.

Acompanhamos a história do fotógrafo Leon que pretende expor fotos que tira da cidade. Quando as leva para uma importante expositora, essa o diz que deve procurar o lado mais sombrio da cidade, o que o faz sair de noite para tirar as fotos. Logo a primeira noite, ele evita o estupro de uma modelo que desaparece no dia seguinte. Seguindo uma pista absurda, ele começa a seguir um homem que pode ter a ver com o desaparecimento. E no processo ele vai enlouquecendo.

Esse fiapo de roteiro é o que faz o filme servir para decapitações, brigas de facas e até mesmo uma cabeça separada do corpo que pisca para a câmera. Quando vi o trailer, achei que a idéia do filme podia render uma história interessante, mas a premissa se perde num roteiro banal e ilógico que mistura crimes com criaturas de outro mundo que comem pessoas. O elenco inexpressivo ganha um destaque com Brooke Shields (precisando ler melhores roteiros) e Vinnie Jones como o assassino (esse diz apenas uma palavra em todo o filme).

Só para quem gosta de muito sangue.
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