NOTA: 7,5.
Mike tem uma academia de Jiu-Jitsu onde ele ensina não somente a arte da luta, mas suas filosofias. Casado com uma brasileira dona de loja de roupas, ele acumula dívidas e é obrigado por sua mulher a pedir empréstimo ao irmão dela. No bar, acaba salvando um ator de ação de Hollywood de uma briga. Em agradecimento, o ator leva o professor para o mundo de podridão que o cerca.
David Mamet declara seu amor pelo Jiu-Jitsu nesse filme onde o professor é iterpretado muito bem por Chiwetel Ejiofor, que já havia aparecido em filmes como “O Gangster” entre outros. Ele não é apenas um professor, é um guerreiro que tenta se manter íntegro, mesmo estando cercado por um mundo podre. Para contrastar melhor entre o guerreiro que tenta se manter puro e o mundo a sua volta, Mamet se vale de estereótipos e todos os personagens mostrados, com exceção das pessoas da academia, são podres, incluindo o brasileiro Rodrigo Santoro, o que acaba diluindo um pouco a força do filme.
Ainda assim, é ótimo acompanhar a luta pela redenção espiritual de Mike pelo mundo sombrio dos campeonatos. Mike é empurrado para esse mundo do qual não quer participar (competição enfraquece o guerreiro) onde ele tem que lutar (não apenas fisicamente) para sair inteiro. Tanto fisicamente quanto espiritualmente. Não espere longas lutas muito bem coreografadas ao estilo MATRIX e assista a um ótimo filme.
Destaque para a presença de Alice Braga no papel da esposa que continua construindo sua carreira em Hollywood. Destaque negativo para Tim Allen, totalmente deslocado como um ator de ação. Nada que estrague o filme.
Fiquei intrigado com esse filme e confesso que não iria assistir, mas sua crítica realmente me fez mudar de idéia!
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