segunda-feira, 31 de maio de 2010

A JOVEM RAINHA VICTORIA


NOTA: 8
"Você já se sentiu como uma peça de xadrez? Numa partida jogada contra sua vontade?" Victoria

Interessantemente, a história da rainha Victoria pode agradar e muito as platéias mais novas. Principalmente as meninas adolescentes. Talvez por isso tenham escolhido a atriz Emily Blunt para o papel, já que fisicamente elas em nada se parecem. Procure as fotos da verdadeira rainha e verá que a monarca real tem "proporções" bem mais robustas que a jovem atriz, vista como a outra assistente de Meryl Streep em O diabo veste Prada.
Deixe-me explicar porque disse sobre as platéias mais novas. Victoria é uma precursora dessa geração internet de hoje. Para sua sorte, ela deve escolher com quem vai casar. E ela que deve fazer o pedido de casamento. A sua escolha cai em Albert, com quem mantém contato através de cartas, tal como a garotada de hoje mantém contato através de e-mails e outras formas de contato pela internet.
Victoria é filha da Duquesa de Kent (Miranda Richardson), uma mulher, que para azar de Victoria, é fortemente influenciada por Sir john Conroy (Mark Strong). O desejo de Conroy é que o rei morra antes de Victoria completar 18 anos, e assim poder controlar a menina e o poder que ela possuirá. A menina porém, é forte e resiste sempre. Ela tem plena consciência do que ela será. Os esforços dos dois, somente faz com que cresça triste e isolada. "Acha que esquecerei do que está fazendo comigo, mãe?", ela diz.
A história foca mais no romance entre os dois. E o casal protagonista apresenta uma sintonia perfeita. Blunt, apesar de fisicamente diferente, interpreta com precisão a rainha. Sempre de forma melancólica, como se nem ao menos conhecesse o que é a felicidade. Rupert Friend faz uma química perfeita com ela, e ainda por cima, sabe o momento exato de dar espaço para deixá-la brilhar. A química é tanta que chega a ser tangível.
Você pode até se perguntar se não vai ser chato mais um filme de rainhas, até mesmo depois dos recentes Elizabeth's que fizeram. A resposta mais provável seria não. Essa rainha não se envolve com guerras ou questões com outros países. Seus problemas são existenciais. E uma bela história de amor. Nem que seja para apreciar o visual belíssimo do filme, ele faz valer a espiada que tinha dito.

terça-feira, 11 de maio de 2010

O APRENDIZ DE FEITICEIRO


NOTA: 2.
- Eu estive te procurando pelo mundo inteiro. Você vai se transformar numa força do bem e um importante feiticeiro. Mas por agora, você é meu aprendiz.

Nicolas Cage descobriu uma forma de ganhar dinheiro com filmes descartáveis. Ele se junta ao produtor Jerry Bruckheimer e o diretor Jon Turteltab para fazer um filme fast food: o "consumidor" (no caso desses filmes não precisa ser um espectador) entra no cinema e "consome" aquele produto que não é nem um pouco nutritivo (neste caso para o cérebro).
Ao contrário dos outros filmes do trio, A lenda do tesouro perdido, que faturaram pelo menos o dobro do que custaram, este teve um faturamento menor que a metade de seu orçamento. A culpa, talvez, seja o tema. A lenda... tentava "homenagear" os filmes de Indiana Jones, que há muito não aparecia nos cinemas. Agora a bola da vez é a magia, mas porque deixar de ver Harry Potter para ver essa cópia de quinta categoria?
Temos um breve prólogo onde aprendemos que o famoso mago Merlin teve três aprendizes: Balthazar (Nicolas Cage), Horvath (Alfred Molina) e Veronica (Monica Bellucci). Horvath o trai e se junta a Morgana (Alice Krige). Juntos eles roubam um feitiço que farão com que dominem o mundo. Morgana é aprisionada por Veronica em seu próprio corpo, e por uns 1.300 anos, Balthazar carrega a prisão até que possa encontrar uma maneira de libertar Veronica e destruir Morgana.
O que nos leva aos 10 anos de Dave. Ele escreve um bilhete para Becky, perguntando se ela quer ser sua namorada. O bilhete voa e Dave sai correndo atrás para descobrir a resposta, numa cena que pateticamente tenta ser transformada em uma cena de ação, com cortes rápidos e uma música emocionante. O que o leva a loja de Balthazar, que o identifica como um descendente de Merlin e capaz de destruir Morgana. Seu único erro é dizer a Dave para não tocar em nada. Em nenhum filme isso deu certo, num filme de Bruckheimer então, nem se fale.
E essa é toda a história. Todo o resto é uma sucessão de efeitos especiais e a mesma correria de sempre. Incluindo aquela velha história: Horvath e Balthazar vão se enfrentar diversas vezes no filme. Em determinados momentos, um poderia matar o outro e vice e versa, mas deve ser mais divertido vê-los duelando umas 5 ou 6 vezes durante o filme. Para atrapalhar mais a história, Dave reencontra Becky e novamente tenta transformá-la em sua namorada. Essa subtrama só serve para atrasar mais ainda a história e deixar o filme muito longo.
Toda a mesma história clichê de sempre espancada até a morte por uns 5 roteiristas diferentes. E apesar de tantos roteiristas, temos apenas umas duas boas sacadas no filme inteiro. De resto, todas as boas cenas são roubadas de outros filmes. Incluindo Star wars, Indiana Jones e a sequência de O aprendiz de feiticeiro com o Mickey, parte de Fantasia. Essa cena, na verdade, é a melhor do filme, mas ainda assim o curta do ratinho tendo pouco menos de 10 minutos é melhor que esse filme inteiro. Nem a cópia da cena funciona direito.

SHERLOCK HOLMES


NOTA: 4.
"Eu não estou reclamando. Como posso reclamar? Quando foi que reclamei da sua prática de violino às 3 da manhã? Ou sua bagunça? Ou sua falta de higiene? Ou que você pega minhas roupas?" Watson

Se não fosse tão dramático, eu diria que Sherlock Holmes está morto. O personagem é um dos que mais foram interpretados no cinema e por mais de uma dezena de atores diferentes. Claro que como em qualquer adaptação o personagem se adequa à época que está sendo feito, mas sempre mantinha suas principais qualidades intactas. Mantinha. Holmes era um pensador de primeira e de elegância impecável, mas aqui ele encontra seu pior inimigo: o diretor Guy Ritchie.
Claro que não foi uma escolha feliz. Em toda a sua filmografia não há um personagem inteligente. Não é isso que interessa o diretor. O que o interessa é ter personagens cools. Desconfio que ele sequer saberia o que fazer com um personagem inteligente. Assim, Holmes é rebaixado a um sujeito relaxado, sujo e grosseiro que resolve seus casos com os punhos e não com o cérebro. Entre um caso e outro, nos livros, ele entra num período de estudo, no filme ele atira em paredes.
Uma tentativa frustrada de mostrá-lo como um pensador é usar seus conhecimentos nas inúmeras lutas. Primeiro a cena passa em câmera lenta com a descrição de como ele nocauteará o vilão, depois a cena se repete com a execução. Não parece interessante escrito aqui e o resultado é ainda pior nas telas. Se posso fazer algum comentário positivo sobre o diretor é sobre a escolha do visual do filme, que fica muito interessante, e uma certa melhora no resultado final que não fica tão cortado como ele costuma fazer normalmente. E só.
O filme já começa com lutas que resultam na prisão de Blackwood e posteriormente em seu enforcamento. Alguns dias depois, Blackwood parece se levantar dos mortos, e Holmes deve novamente solucionar o caso, que consiste em uma conspiração diabólica tão pouco interessante que no máximo serve de pano de fundo para as cenas de lutas (sei que parece repetitivo, mas é que são muitas lutas mesmo) que usam e abusam de efeitos especiais.
O que há de bom no filme, é a escolha dos atores. Jude Law como Watson é o par perfeito para o Holmes de Robert Downey Jr. Os dois, apesar de descaracterizarem seus respectivos personagens, estão ótimos em seus papéis. Só não fica perfeito pelo acréscimo de Rachel McAdams no papel de Irene Adler. Não que ela esteja ruim em seu papel, é só que seu personagem foi claramente posto na trama para ter um interesse romântico para Holmes. O resultado parece forçado demais.
Apesar de tudo, o filme estreou nas férias escolares e chegou a bater recorde de bilheteria em estréia. Com o resultado, financeiro obviamente, Ritchie já planeja o segundo prego no caixão do detetive com estréia prevista para 2011. Provavelmente para o terror de Sir Arthur Conan Doyle.

terça-feira, 4 de maio de 2010

MENSAGEM DE FÉRIAS

Estou viajando de férias pessoal. Por isso, as postagens que já estavam meio atrasadas por conta do planejamento da viagem, vão atrasar ainda mais.

Pelo menos, no avião, assisti Young Victória. Uma produção bem bonita que vale a pena ser vista. Em breve, provavelmente ao final das férias, eu posto uma resenha completa do filme.


Do mais, vou curtir as férias e depois volto com tudo.
Abraços a todos.
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