NOTA: 4.
"Se está construindo para o futuro, você precisa de fundações fortes. Leis e terras escravizam o povo para um rei que exige lealdade mas não oferece nada em troca." Robin Longstride
O diretor Ridley Scott parece ter gostado de dirigir Gladiador. Tanto que houve um roteiro escrito para uma sequência do filme que nunca foi realizado, mas se engana aquele que pensa que a sequência não aconteceu. Primeiro Scott o fez com Cruzada e agora fecha a trilogia com este Robin Hood.
Claro que estou exagerando um pouco, mas parece que o diretor está se prendendo a estes filmes com grandes batalhas épicas e reconstrução histórica. O resultado está parecendo cada vez mais repetitivo e o diretor se sai muito melhor em filmes como O gangster, que ao contrário desse é um ótimo filme.
Novamente, Russel Crowe, estrela. Dessa vez com o nome de Robin Longstride. Ele está ao lado do Rei Ricardo Coração de Leão atacando a França. Com a morte do rei, ele resolve voltar para a casa, cansado de tantas guerras. Um desertor. No caminho, ele cruza com um ataque a uma companhia inglesa que está voltando para a Inglaterra para devolver a coroa do rei. Então ele toma o lugar do líder morto, Robert Loxley, para retornar para casa e devolver a espada ao pai do homem, acompanhado de Will Scarlet e John Pequeno.
Chegando lá, o pai de Loxley o convence a fingir que é seu filho morto. Isso para que a viúva de seu filho, Marion (Cate Blanchett), não corra o risco de perder as terras da família. Isso, e pela promessa de contar a Longstride a história de sua família, numa coincidência enorme.
A tentativa de Scott, era de contar a história do homem antes de ele se tornar lenda, mas a grande graça de um personagem como Robin Hood é sua lenda. Principalmente se contarmos que é um personagem que nunca existiu. O Robin Hood não era um personagem para ser levado a sério. Então o diretor coloca um pé na fantasia e o outro, com mais força, na realidade, mas não se decide entre nenhum dos dois. O filme acaba não funcionando nem com um nem com o outro. Isso tudo com muitas cenas que resultam em um banho de sangue que não combina com a história. Pior ainda se considerar que as cenas de batalha parecem repetitivas. A cena final então, parece retirada do início de O resgaste do soldado Ryan.
Crowe está bem na pele do personagem e o interpreta com vigor e uma certa fúria, apesar de parecer um pouco velho para o personagem. Mas ainda assim é um grande ator. Blanchett também é ótima, mas a formação dos dois como casal ficou péssima. Eles não parecem um casal atraente em momento nenhum.
Ridley Scott chegou a declarar que o único filme que prestava sobre Robin Hood era A louca história de Robin Hood, comédia de Mel Brooks, e parece querer se afastar de seus antecessores, mas acabou por não justificar o porquê de fazer outro filme com o personagem, já que não acrescentou nada a história.
Nos cinco minutos finais, somos brindados com o Robin Hood de verdade (o fantasioso, claro), e as legendas na tela dizem que a lenda nasce. Infelizmente já é tarde demais para salvar o filme.
Isso é, ele contnou antes da lenda ao inves de contar a lenda que era o bom né.. haha
ResponderExcluirMas, felizmente, a lenda já foi contada e melhor que essa "realidade".
ResponderExcluirEstou fazendo um blog sobre a idade media e essa resenha me ajudou ;)
ResponderExcluirvaleu