sexta-feira, 9 de outubro de 2009

OS VIGARISTAS


NOTA: 7.
“O truque de ser enganado é aprender como enganar.” Penelope Stamp
Tem uma coisa de muito interessante neste filme. De alguma forma, ele me fez sentir como o personagem de Adrien Brody. Eu sei parte do plano, mas nunca por completo. Então conforme os acontecimentos vão ocorrendo, fico imaginando o que pode ser real ou não.
Acompanhamos os irmão desde crianças. Stephen sempre teve uma facilidade de criar grandes histórias para ganhar dinheiro em cima das outras pessoas. E personagens que seu irmão, Bloom, pudesse representar. Eles são órfãos, e vão passando por muitos lares. Sempre fazem alguma coisa de forma que os pais adotivos os devolvam. Como nesse primeiro golpe. Eles tiram dinheiro das crianças em uma caçada e ainda ganha dinheiro as sujando completamente (fez um acordo com o dono da lavanderia).
Esse truque, porém, teve um efeito negativo em Bloom. Ele acabou acreditando na história inventada pelo irmão e ficou extremamente desapontado no final. Quando adultos, eles continuam fazendo os mesmo tipos de golpes, e acompanhados de bang Bang, que quase nunca diz alguma coisa.
Para Stephen a vida é um golpe a ser escrito e para Bloom o golpe já deu o que tinha que dar. E Bang Bang é diferente, difícil saber o que pensa uma personagem que não se expressa. Eles se juntam para um suposto “último trabalho”. O alvo é Penelope Stamp, uma milionária entediada que aparentemente consegue fazer qualquer coisa (karatê, monociclo, arremessar motoserras para o alto...), menos dirigir um carro. Eles convencem Penolope a ir em busca de um livro raro. Uma aventura para ela, que ela nunca teve.
Com habilidade, o filme vai confundindo o espectador. Uma hora parece que sabemos o que está acontecendo. Em outra percebemos o quanto estamos realmente perdidos. O problema está num sintoma do cinema moderno. Para confundir o espectador, o filme apresenta reviravolta atrás de reviravolta, o que deixa o filme mais cansativo que interessante.
Para sorte do diretor, o filme conta com um elenco de primeira. As atuações são muito inspiradas e melhoram o filme em muito. Em especial para Rachel Weisz. Ela entrega um personagem que é difícil de descrever. Estranha, solitária e provavelmente insana. E por várias vezes parece uma criança. Seu personagem rivaliza com a enigmática Bang Bang, que chama atenção apesar da falta de falas. Ruffalo e Brody completam o elenco com maestria.
No geral, o filme merece uma assistida. E prova ainda que ninguém sabe que filmes podem chegar aos cinemas brasileiros ou não. Esse é um filme por vezes engraçado, outras divertidos e com um elenco de peso. Então por quê será que não foi exibido por aqui?

Um comentário:

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