sexta-feira, 30 de outubro de 2009

100ª POSTAGEM: NÃO SOMOS ANJOS


NOTA: 9.
- Viemos aqui para roubá-los e é isso que vamos fazer. Bater a cabeça deles, arrancar os olhos fora e cortar suas gargantas. Assim que acabarmos de lavar a louça deles.

A postagem de hoje, é para comemorar a 100ª postagem nesse blog. Como todas as séries americanas comemoram esse número como se fosse grande coisa eu resolvi fazer mesmo.
Eu queria que a escolha fosse diferente. Que apresentasse algo especial em um filme que poucas pessoas conhecem. Para o algo especial, escolhi então Humphrey Bogart. Ele não é desconhecido de muitos, mas a maior parte lembra-se mais dele em Casablanca e em menor escala Relíquia Macabra. Ambos ótimos filmes, mas há outros 75 filmes que ele participou que muitas pessoas não conhecem. Escolhi um deles.
Não confunda com o filme de mesmo nome com Robert DeNiro e Sean Penn. A premissa é a mesma, mas a história é bem diferente. Esse filme é baseado em uma peça da Broadway de 1953 chamada My Three Angels, que por sua vez era baseada em uma peça francesa La cousine des Anges.
O filme se passa em uma pequena ilha chamada Ilha do Diabo, onde um trio de condenados fugitivos vão parar. Os “anjos” em questão são interpretados por Bogart em companhia de Aldo Ray e Peter Ustinov. O plano deles é fingir que trabalham ajudando em uma pequena loja para depois poder roubá-la. Com o dinheiro, entrariam num barco rumo a França. Para isso, eles fingem estar consertando o telhado. Um plano bem simples: eles roubam a loja, algumas roupas e pegam um barco para fugir da ilha.
O problema é que a loja é gerenciada pela família Ducotel e a situação financeira deles não é nada boa. A loja não dá lucro o suficiente e ainda por cima eles são duramente explorados pelo dono da loja, Andre Tochard.
Eles começam aos poucos a ajudar a família. Joseph (Bogart), se mostra um vendedor habilidoso e vende até mesmo um conjunto de pentes de cabelo para um careca. Além disso, ele é um falsificador habilidoso, que pode ajudar a mascarar os prejuízos da loja para o Sr. Ducotel não pareça incompetente. Depois de passar a noite de natal com a família, eles não mais tem interesse em roubá-los. “Pessoas assim. Como se corta a garganta delas?” Pergunta Joseph.
Assim eles procuram ajudar em todas as situações. Financeiras e até mesmo amorosas da filha do casal. Não é fácil matar quem é tão generoso com você. Até mesmo o monstro de Frankstein já nos tinha mostrado isso.
O filme diverte muito e em grande parte por conta do elenco. Em especial um Bogart bem inspirado que arranca risadas com a mesma facilidade que fazia seus personagens durões, mas um destaque especial para Peter Ustinov com seu timing perfeito. Claro que não se trata de um filme perfeito. O diretor Michael Curtiz, o mesmo de Casablanca, podia ter aproveitado melhor o uso de cores (técnica ainda rudimentar na época de lançamento do filme) em cenários e figurino do filme. Fica também claro a influência da peça original, com todos os personagens entrando e saindo de cena e sendo a maior parte do filme em lugares fechados. Detalhes menores. Quem já assistiu pode gostar de rever. Quem nunca assistiu pode se surpreender.

Um comentário:

  1. Pra comemorar o seu centésimo post, escrevo aqui dizendo que gostaria MUITO de ver esse filme... ainda mais, depois de sua crítica!

    Sou o Cel Cavalcante lá do Comentando Cinema, lembra? Fiquei bem ausente durante meses no blog (devido á Faculdade, trabalho, essas coisas...) e quase não postava mais.

    Gostei de saber que vc não parou! Voltarei a escrever tb e comentar no seu!

    Um grande abraço!!

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