quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

O FANTASMA DA ÓPERA – THE PHANTOM OF THE OPERA (1943)



NOTA: 8.

Um épico da era de ouro do cinema. Aqui o fantasma ganha uma nova roupagem numa adaptação menos fiel porém mais interessante, ainda que o horror seja amenizado. A começar pela humanização do personagem. Se no anterior ele já existia desde o início do filme, quase como uma lenda do teatro, aqui ele ganha uma origem e uma motivação.

Acompanhamos Erique Claudin (que no anterior era Erik), um violinista da casa de ópera de Paris que é dispensado por não mais poder tocar o violino com perfeição. Apesar de ter tocado lá por vinte anos, ao contrário do que todos pensam, ele está falido porque secretamente paga as aulas de canto para Christine. Fora da ópera ele não pode mais pagar e o professor a dispensará das aulas. Decidido a vender seu Concerto, ele vai a uma editora para publicarem e ao ouvir que estão tocando sua obra, ele enlouquece e mata o editor. A assistente para se defender joga ácido em sua cara e ele para fugir da polícia se esconde nos esgotos e passa a entrar desapercebido pelas dependências da ópera. Esses fatos o enlouquecem e ele passa a matar pessoas até que Christine seja posta como cantora principal. Filmado nos mesmo estúdios que o anterior (que até hoje existe), a cena da queda do lustre foi refeita, mas desta vez leva ao ápice do filme. Logo em seguida há a caçada que culmina no soterramento do fantasma.

Aqui o fantasma é interpretado por Claude Rains (o policial de Casablanca), mas não é de longe o personagem mais interessante da trama. Aqui ele divide a cena com Anatole Garron (interpretado por Nelson Eddy) e Raol D’Aubert (Edgar Barrier), que são donos das melhores cenas do filme com o cinismo pela disputa do amor de Christine. Aqui Raol é um oficial de polícia que investiga os crimes e Garron é o barítono do teatro. Há três cenas deles com Christine que são impagáveis, e, inclusive, são eles que fecham o filme.

Esse filme dá um salto à frente em relação ao filme anterior com uma história mais complexa e melhor trabalhado. Apesar de ter um clima muito mais ameno e divertido (apesar de também ter sido vendido como um terror), vale muito a pena. Apesar de agora as pessoas cantarem (em francês) nas óperas apresentadas, este filme não é um musical e é ótimo.

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