sexta-feira, 26 de agosto de 2011

PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM – RISE OF THE PLANET OF THE APES


NOTA: 7,5.
- Tire suas patas fedorentas de cima de mim, seu maldito macaco sujo!

A famosa frase acima, umas das mais famosas do cinema, está de volta, mas dessa vez os papéis estão invertidos. Parece que o filme está muito mais para uma refilmagem distorcida do filme original do que umas das (já muitas) continuações que ele sofreu. Se não é melhor, pelo menos supera as continuações.
Um dos motivos pelos quais o filme funciona bem é o que o diferencia dos demais: ele não se passa no futuro, em outro planeta ou outra realidade, mas bem aqui no nosso mundo. Acompanhamos o médico Will Rodman (James Franco) que está desenvolvendo uma possível cura pro Alzheimer. O teste que funciona é num macaco chamado de Bright Eyes (mesmo nome que a macaca Zira chama o personagem de Charlton Heston). É o filhote dela, Caesar (Andy Serkis, o melhor ator do mundo dos CGI), que vai morar com ele e fica mais inteligente que muitas crianças.
Depois que um dos animais realiza um ataque contra os humanos, todo o experimento é fechado para evitar novos incidentes, ainda que nós vamos descobrir o porquê do ataque e saber que eles poderiam relevar em prol de um bem maior que é a cura da doença. De qualquer forma, Rodman se sente confiante o suficiente para testar a droga em seu pai doente. Tudo vai bem até que Caesar deve ser mandado para um lugar especializado onde sofre muitos destratos, especialmente Dodge Landon (Tom Felton, o Draco Malfoy novamente como vilão). Aí começa o fim da humanidade e a primazia dos macacos tal qual conhecemos no original de 1968.
O elenco é apenas correto, sem exceção. Franco até consegue manter uma boa performance na primeira metade do filme, mas depois se iguala na média do resto, incluindo John Lithgow como o pai e Brian Cox como o responsável pelos macacos. Perdida mesmo está Freida Pinto como uma veterinária que não parece ter nenhuma função no filme além de ser o interesse romântico de Franco. O grande destaque dessa vez vai para Andy serkis. Um macaco nunca pareceu tão impressionante, cheio de detalhes e expressividade. Além de ser um avanço na tecnologia, é essencial para o filme.
O filme termina com uma interessante batalha que é muito mais interessante do que achei que realmente seria, ainda que a inteligência não treinada para o tipo de situação que Caesar apresenta seja um pouco exagerada demais para o meu gosto.
De resto, é o filme que esperava que fosse ser. Nem melhor nem pior. Deixa de fora qualquer questão sobre a ética do médico entre outros assuntos que poderiam ser muito interessantes. Há uma cena que mostra astronautas chegando em Marte, o que acredito ser a missão de Heston. O fato serve para aproximar esse filme e o primeiro, mas considerando onde ele termina, ainda há um longo espaço até chegar onde o original começa. O problema é que dá a impressão de precisar de algo mais para terminar, como se fosse apenas parte de algo maior.
Cumpre a sua função que é o entretenimento pelo tempo em que assiste, mas duvido que alguém vá  lembrar dele muito tempo depois.

3 comentários:

  1. Realmente parece ser bem divertido, mas duvido que chegue aos pés do original.

    http://cinelupinha.blogspot.com/

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  2. Pelo menos é melho que a maioria dos blockbusters...

    Abraços.

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  3. É muito sintomático e nem um pouco indireto o primeiro momento de Planeta dos Macacos – A Origem, blockbuster hollywoodiano dirigido pelo britânico Rupert Wyatt. O elenco do filme é Tom Felton, que recentemente apareceu no filme Risen, que é uma espécie de sequela do "Paixão de Cristo". Eu não sou um fã deste gênero de filme, mas eu gostei da perspectiva ateísta com uma estrutura narrativa realizada da maneira mais respeitosa, honesta e real. Vale a pena vê-lo como ele é uma adaptação do que acontece depois que Jesus ressuscita.

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