quinta-feira, 24 de março de 2011

A PRINCESA E O PEBLEU


NOTA: 9.
- O melhor que eu consigo pensar, é você fazer o que quiser por um tempo.

Para quem gosta de filmes românticos, esse filme pode ser um dos favoritos. Não importa a idade. Além disso, este filme é o nascimento de uma estrela: Audrey Hepburn. Poucas vezes o cinema conheceu uma atriz tão agradável. Ela não é uma femme fatale como outras grandes estrelas do cinema, mas era bonita o suficiente para ser notada e talentosa o suficiente para fazer praticamente qualquer papel e se tornar inesquecível. Diz-se que ela não ganhou o papel pelo seu teste. Segundo foi instruído, o câmera deixou a o filme rolando para que pudessem observar Hepburn agindo naturalmente depois do "corta". Segundo Wyler (também diretor de filmes como Ben-Hur), todos se apaixonaram imediatamente. Para comprovar o talento, já em sua estréia como protagonista ela venceu o Oscar. Ela ainda teria mais quatro indicações.
Como tinha dito em O discurso do rei, a vida de um monarca não parece ser nada fácil. A vida dessas pessoas é cercada por obrigações. É uma vida de privações. A Princesa Ann (Hepburn) está fazendo um tour pela Europa, neste momento em Roma, mas nada de prazeres. Há todo um calendário que ela deve seguir. Em um baile, seu rosto parece sereno como deve ser. Um close em seus pés mostra que ela está tirando seus sapatos que parecem estar em frangalhos. Ainda assim, ela junta suas forças para dançar no baile.
Depois de conseguir fugir de sua "prisão", ela é encontrada dormindo na rua por um repórter que não a reconhece de cara. Afinal, o que uma princesa estaria fazendo na rua. Como o médico aplicou um sedativo nela, a princesa não se aguenta de pé. O repórter Joe Bradley (Gregory Peck) acaba levando a jovem para a sua casa onde ela dorme. 
Quando descobre quem ela é, ele bola um plano: passará o dia com ela fazendo perguntas que o leve a escrever um artigo sobre ela sem que perceba. É um artigo que pode levá-lo a escrever novamente em um jornal nos EUA. Para a moça, o disfarce funciona também. Ela não sabe que Joe conhece sua identidade. Pensa que ele está apenas sendo altruísta em passar o dia passeando com ela. Se ele quer seu artigo, ela quer se divertir.
Não que a diversão dela exija algo extraordinário. Ela quer apenas ser espontânea um pouco. Tomar café na calçada. Um sorvete na praça. Um dia normal de uma pessoa comum, mas negada a ela por causa do seu nascimento.
Eles são acompanhados por Irving Radovich (Eddie Albert), um amigo de Joe que é um fotográfo. Peck e Albert fazem seus papéis com justiça, mas é Hepburn quem leva o filme adiante. Apesar de bons em seus papéis, eles são apenas escada para o talento dela. Ela se sai bem nas duas fases do filme. Tanto quando é uma monarca tendo que manter a pose, quanto quando ela parece uma criança descobrindo pequenos prazeres.
Toda a diversão, porém, eventualmente termina. Ela tem suas obrigações. A diversão deve acabar. Eles se despedem sem dizer nada um pro outro. Não há nada a ser dito. Eles tem vidas diferentes e devem seguir caminhos diferentes. Quando ela volta para o seu trono e novamente "veste a máscara" da realeza, é de cortar o coração.
Wyler teria dito que ela seria a maior estrela de seu tempo. Alguém pode discordar?

4 comentários:

  1. Esse eu não tive a oportunidade de ver, mas certamente vou conferir mais adiante...

    ResponderExcluir
  2. O início da carreira de uma das maiores estrelas.
    Inclusive fica aparecendo aqui do lado.
    rs

    Abraços.

    ResponderExcluir
  3. Também não vi esse filme ainda, mas pretender ver principalmente por causa da Audrey Hepburn! O começo de um reinado :)

    ResponderExcluir
  4. Quase tudo dela vale a pena.
    rs
    Abraços.

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...