segunda-feira, 7 de março de 2011

ECLIPSE


NOTA: 3.
- Ele não tem uma camisa?

Hollywood não cansa de nos mostrar que todo mundo tem seu preço. Dessa vez, quem se vendeu foi o diretor David Slade. Depois de um início promissor com Menina má.com, ele abraçou um projeto mais comercial, 30 dias de noite. Quando perguntado sobre a Saga Crepúsculo, ele falou mal do filme e disse que jamais faria parte da franquia. Agora estou aqui escrevendo sobre o último filme da saga dirigida por ele.
Continuamos acompanhando o trio amoroso formado por Edward, Bella e Jacob. Sim, Bella continua sendo uma menina bem sem graça que é disputada por dois príncipes. Provavelmente o sonho de qualquer menina. Parando para pensar, percebi que a complicação desse filme é a mesma desde o primeiro e acentuada no filme anterior. É o fato de Jacob estar apaixonado por Bella e por talvez ela o amar de volta. Está certo que várias vezes vemos as mesmas histórias sendo contada, mas pelo menos mudam os personagens. Aqui nem isso.
Para disfarçar que a história não é a mesma, a ameaça agora é que (de novo ela) Victoria (dessa vez interpretada por Bryce Dallas Howard) está formando um exército de vampiros recém formados. A ameaça é grande, porque ao contrário de todos os outros filmes e mitologia de vampiros, os vampiros aqui ficam mais fracos ao passar dos anos. Os novos são mais fortes porque ainda tem sangue humano correndo em suas veias. O que me faz supor que já que meu sangue é 100% humano eu sou mais forte do que qualquer vampiro, certo?
Claro que não é isso que atrai as pessoas para assistirem o filme. Tudo que atrai está no filme: Jacob continua 90% do filme sem usar camisa e Bella continua seu romance tão forte com Edward que chega a doer. 
Geralmente os filmes são sobre adolescente querendo perder sua virgindade. O tema gera bons filmes. Aqui temos o inverso, a virgindade é posto num patamar tão alto que irrita, mas a virgindade de Bella tem um preço: para dormir com Edward ela deve casar com ele, e para aceitar casar com ele, ele deve transformá-la em uma vampira. Por isso Bella deve começar a se despedir das pessoas que conhece e nunca mais vê-los. Se transformar em um vampiro, parece, é deixar toda sua vida para trás. Assim como parece que eles só podem casar se ela se transformar.
Eu aproveito para aprender que vampiros se quebram como vidro quando levam um soco e também que são altamente inflamáveis. Para matá-los, basta um soco forte e um fósforo. Já que pegam fogo tão fácil assim, não sei porque perdem ainda tempo lutando entre si. Não é mais fácil apenas jogar o fósforo? Ou usar um isqueiro como arma?
Até que chegamos na famosa cena da cabana. Para proteger Bella, Edward a leva para uma montanha que está totalmente congelada. Bella está para morrer de hipotermia quando Jacob, obviamente sem camisa, chega para deitar abraçadinho com Bella e a esquentar. Edward diz que está feliz por ele estar lá. Que se não fosse um lobisomem e apaixonado por ela, que eles poderiam ser amigos. Jacob diz que nem assim. Acreditem ou não, achei a melhor cena do filme, o que diz o que achei qual é o nível do filme.
É um filme de muitos diálogos em que nenhum personagem fale qualquer coisa digna de nota. Os efeitos especiais são péssimos e as cenas de luta são pouco interessantes. Vale destacar o entrosamento entre lobos e vampiros, daquele estilo "eu jogo para o alto e você corta", o que torna pior ainda. Os próprios lobos não convencem. Mas pelo menos, continua sendo uma saga constante. Para delírio das fãs.

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