NOTA: 9,5.
- Você poderia ser brilhante, mas é covarde. A única coisa que está no seu caminho, é você mesma.
A vida de uma bailarina profissional, é pautada pelos sacrifícios. São anos de treino durante muitas horas por dia para atingir a perfeição. Quando alcançam a perfeição. É um sacrifício tanto físico quanto mental de se dedicar a essa carreira. Um profissional que tenta atingir essa perfeição, corre o risco de sacrificar sua vida pessoal, sempre querendo agradar um treinador ou um parente.
Nesse caso é Nina (Natalie Portman), uma bailarina de 28 anos que pode ter sua primeira grande chance de estrelar uma montagem. Quem ela quer agradar é a sua mãe, Erica (Barbara Hershey), uma bailarina que abandonou a sua própria carreira para cuidar da vida e carreira da filha. Difícil dizer se a carreira de Nina foi uma escolha totalmente dela, mas de qualquer forma ela dedica sua vida para a dança, treinando não apenas na companhia, mas também em casa por horas a fio.
Há alguma coisa muito estranha nessa relação entre mãe e filha. Quando elas param para conversar, mais parecem duas irmãs fofocando. Apesar de sua idade, Nina não faz nada sozinha. Ela sequer pode trancar a porta do quarto ou mesmo do banheiro para tomar banho. O tipo de comportamento que os pais tem com filhas pequenas que ainda não podem tomar conta de si mesmas. Todo o comportamento combinando com seu quarto rosa decorado com caixinhas de música e pelúcias por toda a parte.
Quando o diretor da companhia onde ela dança, Thomas Leroy (Vincent Cassel), afasta a principal estrela e amante, Beth (Winona Ryder), de forma não amigável, começa a busca pela nova pima ballerina. Em sua arrogância, ele quer remontar de maneira totalmente original os clássicos, a começar por "O lago dos cisnes", que exige da nova estrelas dois papéis bastante distintos. Nina é a escolha óbvia para o cisne branco, mas se quiser desempenhar o papel com perfeição, deve se transformar para encarnar também o negro. O diretor quer que ela sinta a dança, e não apenas execute os passos.
É então que o filme mistua uma série de fatores para embolar de vez a cabeça de Nina. Além do tratamento da mãe e do diretor que abusa dela, há ainda a chegada de uma nova bailarina que é seu oposto, Lily (Mila Kunis). Nina é doce e inocente, e provavelmente virginal apesar de negar no filme. Lily é impulsiva e sensual. Profissionalmente, ela é uma ameaça. Pessoalmente, ela fascina Nina.
Aqui entraria minha única crítica ao trabalho do diretor Darren Aronofsky. Apesar de toda sua criatividade e paixão que imprime em seus projetos, ele ainda se mostra tradicional demais, e o filme segue a fórmula de mostrar os bastidores e o que acontece nos palcos, que não chegam a se misturar. Ao contrário do que acontece na cabeça de nossa heróina, que mistura realidade e loucura.
Ainda assim, Aronofsky e Portman seguem até o final nos limites que a personagem pode alcançar com uma coragem impressionante, tal qual nos outros filmes do diretor. Portman é desafiada pela segunda vez num papel que exige tanto de sua mente quanto de seu corpo. Para nossa sorte, ela melhorou consideravelmente desde seu papel em V de vingança. Aqui, ela mostra uma atuação perfeita que faz com que sua premiação no Oscar não tenha nada de injusto.No final do filme, eu me lembro de Crepúsculo dos deuses. Como as personagens são parecidas em sua loucura apesar de serem tão diferentes.
Nos filmes do diretor, os personagens praticamente abandonam suas vidas em função da carreira. Alguns dizem que um artista deve se perder em sua arte. Nina perde a sua cabeça.
Nesse caso é Nina (Natalie Portman), uma bailarina de 28 anos que pode ter sua primeira grande chance de estrelar uma montagem. Quem ela quer agradar é a sua mãe, Erica (Barbara Hershey), uma bailarina que abandonou a sua própria carreira para cuidar da vida e carreira da filha. Difícil dizer se a carreira de Nina foi uma escolha totalmente dela, mas de qualquer forma ela dedica sua vida para a dança, treinando não apenas na companhia, mas também em casa por horas a fio.
Há alguma coisa muito estranha nessa relação entre mãe e filha. Quando elas param para conversar, mais parecem duas irmãs fofocando. Apesar de sua idade, Nina não faz nada sozinha. Ela sequer pode trancar a porta do quarto ou mesmo do banheiro para tomar banho. O tipo de comportamento que os pais tem com filhas pequenas que ainda não podem tomar conta de si mesmas. Todo o comportamento combinando com seu quarto rosa decorado com caixinhas de música e pelúcias por toda a parte.
Quando o diretor da companhia onde ela dança, Thomas Leroy (Vincent Cassel), afasta a principal estrela e amante, Beth (Winona Ryder), de forma não amigável, começa a busca pela nova pima ballerina. Em sua arrogância, ele quer remontar de maneira totalmente original os clássicos, a começar por "O lago dos cisnes", que exige da nova estrelas dois papéis bastante distintos. Nina é a escolha óbvia para o cisne branco, mas se quiser desempenhar o papel com perfeição, deve se transformar para encarnar também o negro. O diretor quer que ela sinta a dança, e não apenas execute os passos.
É então que o filme mistua uma série de fatores para embolar de vez a cabeça de Nina. Além do tratamento da mãe e do diretor que abusa dela, há ainda a chegada de uma nova bailarina que é seu oposto, Lily (Mila Kunis). Nina é doce e inocente, e provavelmente virginal apesar de negar no filme. Lily é impulsiva e sensual. Profissionalmente, ela é uma ameaça. Pessoalmente, ela fascina Nina.
Aqui entraria minha única crítica ao trabalho do diretor Darren Aronofsky. Apesar de toda sua criatividade e paixão que imprime em seus projetos, ele ainda se mostra tradicional demais, e o filme segue a fórmula de mostrar os bastidores e o que acontece nos palcos, que não chegam a se misturar. Ao contrário do que acontece na cabeça de nossa heróina, que mistura realidade e loucura.
Ainda assim, Aronofsky e Portman seguem até o final nos limites que a personagem pode alcançar com uma coragem impressionante, tal qual nos outros filmes do diretor. Portman é desafiada pela segunda vez num papel que exige tanto de sua mente quanto de seu corpo. Para nossa sorte, ela melhorou consideravelmente desde seu papel em V de vingança. Aqui, ela mostra uma atuação perfeita que faz com que sua premiação no Oscar não tenha nada de injusto.No final do filme, eu me lembro de Crepúsculo dos deuses. Como as personagens são parecidas em sua loucura apesar de serem tão diferentes.
Nos filmes do diretor, os personagens praticamente abandonam suas vidas em função da carreira. Alguns dizem que um artista deve se perder em sua arte. Nina perde a sua cabeça.
Ainda não vi o filme, mas estou ansiosa para ver. Natalie realmente mereceu o OScar, claro constado com algumas criticas que li e trechos do filme!!!
ResponderExcluirSua opinião está demais!
Vale a pena ver.
ResponderExcluirQuando o fizer, comente aqui.
E obrigado pelo elogio.
Um abraço.
Graças que eu estou viva e pude ver esta obra de arte, que se desenha um tanto linear, do drama psicológico ilustrado, guerra de nervos a transformação da personagem e o outro lado, os sacrifícios mostrados escancarados, uma vida de glomour e descarte mostrado na pele W. a loucura suplicando pela aprovação alheia. . .E a depressão gerada pelo suposto fracasso, pura e simples vida real. . . Kurt C, Heath L enfim e muitos outros que se consumiram por dentro num verdadeiro thriller de horror.
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