segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

ATIVIDADE PARANORMAL 2


NOTA: 3.
- Não era bruxaria, só a fazia se sentir melhor.

Logo depois do lançamento do primeiro filme, a continuação já começou a ser planejada e anunciada. Provavelmente, os sustos da platéia foram o suficiente para os produtores perceberem que tinham um produto que iria bem nas bilheterias, o que automaticamente garante a continuação de um filme. Não é por acaso, a terceira parte já está prevista para Outubro desse ano. 
No primeiro filme, a história era sobre Katie e seu namorado Micah. Aparentemente um demônio a persegue desde a infância e chegou a queimar a casa onde morava. Agora acompanhamos sua irmã, que tem o mesmo problema. Tudo começa com a chegada dela na casa com o filho recém nascido. Como manda o figurino, toda a família tem um fetiche por filmar todos os momentos da casa. Até as discussões. E assim podemos acompanhar todos os dias da vida dessa família.
Algum tempo após a chegada do bebê, eles encontram a casa toda revirada. Salas e quartos, com exceção do quarto do bebê. Por segurança, eles colocam câmeras escondidas por toda a casa para evitar novos atos de vandalismo. E a partir daí começam as sessões de sustos. Sempre os sutos fáceis. Os chamo de fáceis, porque são (desculpe a repetição) os mais fáceis que existem, você simplesmente deixa todo o ambiente bem quieto e subitamente abre uma porta acompanhado de um barulho muito alto. Pronto, a platéia se assustou.
Claro que antes há os pequenos sustos, como uma porta abrindo e fechando, mas nada disso acontece para assustar os moradores, já que só acontece quando estão olhando para o outro lado. Esses sustos são destinados apenas para a platéia.
Na casa, tirando o bebê, tem 3 pessoas e mais a babá. Visitam a casa o casal do primeiro filme e ainda o namorado da filha adolescente. Sete personagens falando no filme e nenhum diálogo que valha a pena ser comentado. São sete pessoas falando coisas totalmente desinteressantes no filme.
Sem contar que a babá é latina, o que a torna, automaticamente, expert em demônios, fantasmas, espíritos  e afins. Assim que ela pressente os demônios ela tenta combater com fumaça e outros métodos. Claro que os civilizados americanos não entendem sua sensitividade e ela acaba demitida.
Enquanto isso as câmeras vão filmando perfeitamente e não captam nenhum espírito. Nada aparece nas filmegens, que em maior parte são tediosas. Mesmo quando as coisas começam a ficar mais pesadas, ninguém sequer vê as imagens, e mesmo quando vê, não acreditam que algo possa estar realmente acontecendo.
O único que realmente sofre durante todo o filme é o bebê Hunter. Seu sono é conturbado toda a noite e ele passa quase todo o filme chorando. Ao seu lado, a cachorra sempre late para uma janela ou uma porta. Conforme confirmei nesse filme, os animais são como os latinos, sempre pressentem o que há de errado, mas ainda assim ninguém sai da casa.
O que achei mais interessante são as cartelas que aparecem no filme. Uma hora aparece "Day #3". De quê? Ou melhor ainda: "60 dias antes da morte de Micah Sloat". O que isso interfere no filme? Ou mesmo para mim? Devo parar e pensar "Pobre Micah, em 60 dias você vai morrer.". Somente informações que considero completamente desnecessárias.
Claro que quem vai assistir a esse filme não está preocupado nem um pouco com isso. O que eles querem são os sustos, e o filme é todo voltado para isso. Personagens, diálogos ou histórias são apenas encheções de linguiça. Ou melhor ainda, "separadores" entre um susto e outro. Afinal, um atrás do outro não funciona. Tem que haver o momento de silêncio que precede uma barulheira que assustará quem estiver assistindo. Não é inventivo como o primeiro, mas já que se presta a dar sustos fáceis, ele cumpre sua missão.Meu único problema é que não faz nada além disso.

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