segunda-feira, 21 de março de 2011

ASSASSINO À PREÇO FIXO


NOTA: 7.
- Eu vou colocar um preço pela sua cabeça tão alto, que quando você se olhar no espelho vai ter vontade de atirar na sua cabeça.

Quando apareceu nos cinemas, Jason Statham era um ator "comum". Apesar dos dois filmes de Guy Ritchie que o lançou terem cenas de ação, o personagem de Statham é um homem comum metido em alguma encrenca, e ele não se livrava dela através de tiros e porradaria. Quis o destino que ele ficasse mais famoso por seus papéis de ação do que pelos dramáticos. Ruim ou não para sua carreira, seus filmes vão fazendo relativo sucesso.
Como este filme, refilmagem de um outro filme de mesmo nome (no original e no Brasil) estrelado por Charles Bronson, outro que também ficou muito mais conhecido pela violência de filmes como o original e a saga de Desejo de matar (ambos dirigidos por Michael Winner).
Statham é Arthur Bishop, um assassino profissional que trabalha para uma empresa um tanto quanto sinistra. Ele é especializado em trabalhos que não pareçam assassinatos, mas algum outro tipo de incidente ou acidente. Tudo vai bem até que ele é obrigado a executar o seu mentor, Harry McKenna (Donald Sutherland, dando mais humanidade que o personagem exige e a melhor coisa do filme). O contratante deles descobriu que Harry se vendeu e, mesmo numa profissão como a deles, a confiança não deve ser quebrada.
O filme engrena mesmo com a entrada do filho de Harry, Steve (Ben Foster). Sem saber que Arthur é responsável pela morte de seu pai, eles se juntam para que Steve tenha um trabalho, já que a morte de seu pai o deixou falido. Arthur quer que Steve se torne um assassino bom o suficiente para deixar seu pai orgulhoso. Um conceito estranho, mas eles devem viver num mundo com noções de ética diferente das nossas.
O diretor Simon West (de filmes como Con air e Tomb Rider), faz questão de mostrar que as pessoas assassinadas no filme não são pessoas boas. Que de certa forma, merecem morrer. Provavelmente para dar mais empatia com o personagem. A estratégia se mostra um tanto desnecessária e atrasa um pouco o andamento do filme.
Desnecessário porque na verdade o entrosamento entre Statham e Foster é excelente. São os dois que dão vida ao filme e deixa as coisas interessantes. Não importa a profissão desses caras ou a ética envolvida, eu torço por eles pelo que são, não pelo que fazem.
Não que seja um filme ruim. Ele tem um estilo meio retrô que é até legal, boas cenas de ação apesar das explosões e exageros de sangue jorrando na tela. Mas nada que estrague muito. O único problema do filme é que realmente não acrescenta nada ao gênero. Acertado, mas meio estéril. Mas um bom filme para quem gosta do gênero.

Um comentário:

  1. Diversão descompromissada? Sempre é bom ter uma dessas na manga...
    Valeu pela dica, amigo!
    Grande abraço

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