segunda-feira, 3 de junho de 2013

LOOPER - ASSASSINOS DO FUTURO


NOTA: 8.
- Viagem no tempo ainda não foi inventando, mas em trinta anos vai ser. Instantaneamente será considerada ilegal e usada somente por organizações criminosas. Quando essas organizações precisam que alguém suma, eles mandam pro nosso tempo. 

Quando assistimos um filme sobre viagens no tempo, em geral você deixa todas as regras do mundo onde vive do lado de fora da sala de cinema. Aqui, há ainda um outro porém. O filme pede que além de acreditarmos nos saltos temporais, temos que acreditar também que Joseph Gordon-Levitt vai se transformar em Bruce Willis daqui há trinta anos. Acredite, essa é com certeza a parte mais difícil de acreditar no filme inteiro. No momento que você aceita isso, o resto do filme segue sem problemas.
Por isso é que você pode começar a ver o filme e demorar a reconhecer Grodon-Levitt. Pelo visto, os realizadores sentiram a necessidade de o transformar fisicamente para que de alguma forma a diferença não parecesse tão gritante. Naturalmente, nem mesmo ele poderia dizer que Willis poderia ser ele mesmo no futuro. O resultado fica um pouco estranho para o meu gosto. Antes, o diretor colocou os nada parecidos Adrien Brody e Mark Ruffalo como irmãos e nenhum dos dois usou maquiagem. O resultado foi melhor nesse caso pois não causa distração.
O filme se passa em 2044. Ainda não existe viagem do tempo nessa data, mas existe 30 anos depois disso. As viagens são (serão) usadas por organizações criminosas que mandam pessoas do futuro que precisam sumir. Assassinos como Joe (Levitt) esperam para que a pessoa apareça, mata e some com o corpo. Cada viajante volta com barras presas ao corpo, que servem de pagamento pelo trabalho executado. Até que Joe se vê diante dele mesmo mais velho, interpretado por Willis. Velho Joe coloca o novo Joe pra dormir e parte numa caçada. A menos que o novo Joe possa matá-lo, toda uma organização irá caçá-lo para que possam eliminar o problema. Tudo o que acontece com novo Joe, reflete no velho Joe.
Além de Joe(s), temos ainda um Jeff Daniels que comanda a caçada como líder da organização, e uma Emily Blunt que mora numa fazenda com o filho pequeno. Mãe e filho tem estranhos poderes e podem mover objetos, e a criança é um dos possíveis alvos do velho Joe em sua caçada. O filme é interessante apesar de tanta coisa que é jogada na tela. Apesar de em certos momentos ficar um pouco confuso e com excesso de personagens, Rian Johnson (roteirista e diretor) não deixa de lado o mais importante, que é contar a história. E faz isso com muito estilo.
O resultado poderia ser um pouco mais interessante se os personagens principais fossem mais interessantes (na tentativa de deixá-los intrigantes, eles acabaram ficando irritantes). É somente quando novo Joe se encontra com Sara (Blunt) na fazenda que o personagem ganha um pouco mais de profundidade, o que é interessante mas me faz sentir falta de momentos como esse em outros momentos do filme. Mas há muita energia e referências a antigos filmes, como o fato de Joe encontrar sua namorada num lugar de mesmo nome onde os protagonistas de Casablanca se encontraram. É um entretenimento com estilo e personalidade.

Um comentário:

  1. Joseph Gordon-Levitt matou a pau nesse filme. Os trejeitos, a forma de falar, de olha e de se mover, ficaram completamente idênticos ao do Bruce Willis. Suprimiu qualquer ausência de semelhança entre os dois.

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