segunda-feira, 10 de junho de 2013

THE IRON LADY


NOTA: 5.
- Observe seus pensamentos, porque eles se transformam em palavras. Observe suas palavras, porque elas se transformam em atos. Observe seus atos, porque eles se transformam em hábitos. Observe seus hábitos, porque eles se transformam no seu caráter. Observe seu caráter, porque ele se transforma no seu destino. O que nós pensamos, nós nos transformamos.

Meryl Streep é a atriz mais talentosa que temos hoje no cinema. Talvez a mais talentosa que já tivemos no cinema. É um erro, porém, acreditar que é só colocar uma câmera na sua frente e começar a gravar para realizar um bom filme. Que é uma grande vantagem tê-la no filme, disso não há dúvidas, mas é preciso talento para fazer um bom filme e é preciso saber usá-la. A diretora Phyllida Lloyd consegue falhar em ambos os casos.
Isso não quer dizer que ela está mal no filme, isso deve ser uma coisa praticamente impossível de acontecer (alguém consegue dizer um filme onde ela esteja realmente mal?). Na verdade, sua personificação de Margaret Thatcher é impressionante e não dá pra imaginar outra atriz que pudesse fazer melhor ou sequer com a mesma qualidade. O problema realmente reside no fato que o filme em nenhum momento sabe o que quer mostrar sobre a vida da ex-primeira ministra. Ou mesmo o que dizer sobre ela.
O pior de tudo, é que se alguma biografia deveria emitir uma opinião sobre a pessoa demonstrada, deveria ser sobre a "Dama de Ferro" (apelido pelo qual ficou conhecida). Vamos ver. Estamos falando da primeira mulher a ser eleita para Primeira Ministra e exerceu uma política durante seus três mandados que dividiu o povo inglês. Fora isso, armou uma guerra para reaver as Ilhas Falkland que ninguém dava a mínima antes e muito menos liga pra ela agora.
Com uma forma quase radical de governar, acho que nenhuma pessoa em toda a Inglaterra seria capaz de ter uma opinião neutra em relação a ela. Mas acontece que estou errado, e existem pelo menos duas pessoas neutras: a diretora junto com a roteirista Abi Morgan. Tudo que o filme faz é mostrar a mulher já senil que fica relembrando grandes momentos da sua vida. Tudo é tão sem paixão, que sequer a própria personagem parece ter gostado da vida que levou.
Afinal, era ela um monstro? Uma heroína e talvez um belo exemplo para as mulheres? Se quiser saber a resposta, é melhor procurar nos livros de história. Isto pode estar parecendo repetitivo, mas realmente me incomoda não a ver como uma mulher, e sim como um fato que aconteceu na história. Se há uma defesa para Streep, é que nada de errado aqui parece ser culpa dela, mas sim dos realizadores (Lloyd já havia dirigido Streep em Mamma Mia!, que não é o ponto alto da carreira da atriz).

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