sexta-feira, 14 de junho de 2013

ALÉM DA ESCURIDÃO, STAR TREK - STAR TREK INTO DARKNESS


NOTA: 9.
-  Você acha que seu mundo está a salvo? Isso é uma ilusão. Uma ideia reconfortante pra te proteger. Aprecie esses últimos momentos de paz.

Eu poderia dizer que em 2009, quando J. J. Abrams lançou a refilmagem de Star Trek, foi uma surpresa que ele tenha sido tão bem-sucedido em ressuscitar e renovar uma série que estava morta (os Trekkers podem querer minha cabeça, mas quando foi a última vez que viram um produto novo de qualidade antes do reboot?). Eu poderia dizer isso, mas seria injusto. Já que não é de hoje que Abrams prova que existe um motivo pelo qual seus blockbusters  sempre figuram entre os melhores do ano.
Assim chegamos ao segundo filme da série que, se não supera o primeiro em certos aspectos, com certeza impressiona mais pelos efeitos espetaculares e cenas de ação de tirar o fôlego (ainda que considere que em alguns momentos pareçam exagerados). Li muitas reclamações sobre a militarização das naves, que na série original tinha apenas o objetivo de explorar novos mundos e civilizações, mas como nunca fui fã mesmo da série original, isso é realmente um aspecto que não me incomoda nem um pouco.
No futuro, vemos que mesmo nossa civilização mais avançada ainda é vítima de terrorismo. Uma biblioteca é explodida e depois a própria federação é atacada pela mesma pessoa, um terrorista intergalático interpretado por Benedict Cumberbatch (mais conhecido pela série de TV onde interpreta Sherlock Holmes). Depois de ser demovido de seu posto pode ter desobedecido as diretivas de uma missão, Kirk (Chris Pine) é devolvido ao comando da nave somente para caçar o criminoso. Ao contrário das missões de exploração, a missão da Enterprise é agora de vingança.
O nome do filme, se refere ao que Kirk deve realmente realizar. A missão não é pra capturar o vilão, mas sim matá-lo, mesmo que muitas pessoas digam para o capitão da nave o quanto isso aprece errado e o quanto parece estranho. Kirk acaba sendo convencido por Spock (Zachary Quinto) a capturar ao invés de eliminar, o que se prova ser um erro. Em especial quando sua verdadeira identidade for revelada (que apesar de tanto mistério, vai ser facilmente descoberta pra quem assistia a série antiga e que não vai fazer muita diferença pra quem não).
O filme tem seus problemas. Pessoalmente, não gosto de diálogos filmados em longos closes, como os que me fizeram reparar em cada poro do rosto de Kirk na gigantesca tela do IMAX. Há também a inclusão forçada de Carol (Alice Eve), que parece somente ter seu personagem no filme para aparecer de roupa íntima e um e outro detalhe do filme que acaba sendo mal resolvido. Mas em geral, o filme tem tanta coisa boa que o resto acaba virando meros detalhes.
Abrams agora vai se dirigir a outro ponto do espaço, onde vai se voltar para a franquia de Star wars, mas deixou o caminho de Trek muito bem encaminhado para as continuações. Ele equilibra as cenas de ação com as emoções dos personagens e alívio cômico nas horas necessárias. Além de um vilão impressionante e uma dinâmica dentro da nave que mantém nosso interesse para o que está por vir. 

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