terça-feira, 11 de junho de 2013

UM GOLPE PERFEITO - GAMBIT


NOTA: 2.
- Bem. Todo mundo sabe a resposta pra essa pergunta.

Se rapararem no poster do filme, vão observar que o roteiro foi escrito pelos irmãos Joel e Ethan Coen (vencedores de Oscar tanto em roteiro quanto em direção que tem no currículo: O grande Lebowski, Onde os fracos não tem vez, Fargo, entre outros). E tirando o elenco, não encontramos, por exemplo, sequer o nome do diretor do filme. O motivo é óbvio: tentar vender que aqui tem algo parecido com uma história que valha a pena acompanhar. Pra ser honesto com vocês, não há nada que possa remotamente atrair alguém para os cinemas.
O filme, supostamente, é uma refilmagem de um clássico de 1966 estrelado por Michael Caine e Shirley Maclaine, mas a história não segue o mesmo caminho. Colin Firth faz o papel de Harry Dean, o curador da coleção particular de um bilionário arrogante e grosseiro chamado Lionel Shahbandar (Alan Rickman). Cansado de ser maltratado, ele arma um plano que envolve um falsificador de quadros e uma cowgirl do Texas (Cameron Diaz) que consiste vender um quadro falso de Monet para enganar seu chefe ao mesmo tempo que enriquece.
Todas as armas para fazer rir estão soltas neste filme. São piadas sobre flatulência, calças perdidas e uma caracterização racista de asiáticos que não fazem rir. Pra piorar a situação, o nome não faz jus ao golpe do filme, que por falta de cérebro de quem o executa e também do roteiro (com todo respeito aos irmãos Coen, de quem sou fã. Mas em defesa deles: este roteiro parece ter sido escrito há mais de 15 anos e talvez nem eles mesmos tenham tido interesse em dirigir), não faz o filme sequer ficar interessante ou despertar qualquer tipo de curiosidade.
O plano começa a dar errado tão logo a americana chega em Londres, e Deane é obrigado a improvisar constantemente. E parece que é mais ou menos isso que aconteceu quando o filme foi feito. É só observarmos a cena em que Deane tenta dar um pequeno golpe no hotel e acaba ficando sem as calças. Em alguma momento, alguém deve ter achado que ia funcionar tão bem que ele fica sem elas por quase meia hora. A cena é realmente uma das melhores e rende algumas (poucas) risadas, mas é muito pouco para tanto tempo na tela. 
Pelo menos, temos um elenco tão talentoso que tenta salvar o filme de alguma forma, ainda que não o suficiente para fazer valer a pena. Talvez (com muita certeza) se tivesse sido dirigido pelos Coen, fosse um outro filme (mais interessante). Nas mãos de Michael Hoffman, que não tem nenhum filme espetacular no currículo, fica apenas um amontoado de clichês sem muita graça, ou sutileza e que parece extremamente datado. Roteiro capenga, péssimo figurino e direção pobre. Não se engane pelos nomes no cartaz. Há estreias melhores surgindo nessa semana.

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