segunda-feira, 20 de maio de 2013

FRANKENWEENIE


NOTA: 7.
- Vocês não entender ciências. Vocês tem medo dela. Para vocês, ciências é mágica ou bruxaria porque vocês tem mentes pequenas. 

Em 1984, Tim Burton lançou um curta-metragem chamado Frankenweenie, que tinha em seu elenco:   Shelley Duvall (de O iluminado) e Sofia Copolla. Décadas se passaram, o diretor é agora um dos mais prestigiados do mundo e ele volta para a mesma história de seu curta que faz homenagens a inúmeros filmes de terror clássicos como A noiva de Frankenstein entre outros. A diferença é que saem os atores de carne e osso e entram os personagens animados, além da duração obviamente.
Animação stop-motion (bonecos moldados sendo fotografados quadro a quadro) e em preto e branco, num lugar de personagens bizarros que ficam ainda mais estranhos na ausência de cores. É neste lugar sombrio onde encontramos Victor Frankenstein (Charlie Tahan) e seu cachorro Sparky. O cachorro não é dos mais brilhantes, mas está sempre interessado em agradar seu dono e eles se amam. É com muito pesar que Victor tem que enterrar o animal depois de um acidente em um cemitério que você só vai ver em filmes de terror.
O professor de ciências do colégio, Mr. Rzykruski (Martin Landau, num estilo que lembra um Vincent Price), dá uma aula aplicando choques em sapos, o que faz com que eles se mexam por um instante. Isso faz com que Victor, aficionado por ciência, crie um laboratório em seu sótão onde revive seu cachorro, que volta com a mesma personalidade que antes. Ainda que precise de novas cargas de tempo em tempo.
Tudo agora depende dele conseguir manter o cachorro em segredo. Ninguém aceitaria muito bem a ideia que o garoto ressuscitou um animal. Talvez pela idade, ele sequer tenha pensado nisso por um instante, mas com certeza não se trata de uma atitude provida de ética entre cientistas. Para sua defesa, ele sequer é em cientista ainda. Mas a questão continua complicada.
Infelizmente para ele, nos subúrbios nada fica em segredo por muito tempo. E principalmente algo dessa magnitude. Logo todos seus colegas de classe sabem e tentam recriar a experiência em seus próprios animais de estimação mortos. Os resultados desastrosos lembram muito o que víamos em filmes japoneses antigos.
Não é o melhor filme de Burton, mas mantém o estilo do diretor e lembra alguns de seus trabalhos mais antigos. Da época anterior de filmes mais populares e que precisam de maior apelo, como o mais recente Alice. Talvez se fosse feito dessa forma no passado, pudesse ser muito macabro para as plateias mais novas, mas os meninos de hoje em dia já estão acostumados a verem coisas piores. 

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