segunda-feira, 13 de maio de 2013

PARANORMAN


NOTA: 7.
- Não há nada de errado em sentir medo, desde que você não deixe isso te mudar.

Em muitos aspectos, Norman é como qualquer outro menino. Ele vai pro colégio, é perturbado por valentões e até mesmo seus parentes que se preocupam com os gostos dele que podem ser um tanto quanto mórbidos. Mas o que o diferencia é exatamente isso, Norman consegue falar com os mortos.  Claro que os seus pais não acreditam que ele realmente fale com sua vó morta, eles pensam que é como se estivesse falando com um amigo imaginário, mas a verdade é que ele realmente tem esse "poder" (ou seria uma maldição?).
Em nenhum momento sequer descobrimos porque ela morreu, talvez tenha sido por causas naturais, mas o que realmente importa é que ela permaneceu para ficar de olho nele. Vendo o que somente ele vê, pode ser uma boa ideia ter alguém assim ao lado. Apesar de parecer como outras crianças, e outros heróis de filmes que são diferentes, isolados dos demais e geralmente vistos com preconceitos. Mas melhor ainda, aqui, ele pode ser realmente louco. Pelo menos um pouco.
Um dos problemas do desenho são os personagens em volta de Norman. Seus pais (Leslie Mann e Jeff Garlin) são os personagens mais insossos possíveis. Sua irmã (Anna Kendrick) é uma adolescente com os hormônios em ebulição e mais irritante que todos os otros personagens juntos. A decepção maior fica para seu amigo, que deveria ser o alívio cômico mas acaba sendo apenas chato. O pior de tudo, nenhum dos personagens citados são necessários para a trama, mas realmente deve ser difícil focar apenas em um personagem e os demais acabam se tornando essenciais.
Isso serve para deixar o próprio Norman ainda mais interessante. Em geral, o mais interessante nele é que não parece ter saído da família Disney. Os desenhos da casa do Mickey podem ser bons, mas é melhor ainda saber que há coisas diferentes do que estamos acostumados a ver. Personagens sozinhos e não compreendidos são comuns demais hoje em dia, mas há algo em Norman que foge desses clichês. Ele é realmente "esquisito".
Não ser um personagem da Disney, não quer dizer que o filme não tem atrativos visuais. O que vemos é muito bonito, mostrado de uma forma diferente. Com belas cores e visual muito interessante. A trama em geral não tem nada de espetacular, mas até que consegue prender a atenção mesmo que dê voltas desnecessárias que parecem servir mais para alongar o filme que qualquer outra coisa. Em especial o filme emperra quando tentam empurrar a "necessária moral da história", mas até que dá pra curtir bastante quando o filme se solta um pouco de toda a parte da "maldição".

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