quarta-feira, 31 de março de 2010

ONDE VIVEM OS MONSTROS (WHERE THE WILD THINGS ARE)


NOTA: 6.
- Esse seria o tipo de lugar que somente as coisas que queremos que aconteçam, acontecem.

Spyke Jonze, diretor de Quero ser John Malkovich e Adaptação, realiza seu primeiro trabalho de direção de um longa metragem sem estar apoiado em um roteiro de Charlie Kaufman (roteirista dos filmes citados). Então não deve ser coincidência que este seja seu filme mais fraco. Não que seja um filme ruim, apenas não apresenta a essência que havia nos seus filmes anteriores, o que não deixa ficar difícil dizer quem era o cérebro da dupla.
Max é um garoto de 9 anos que mora com sua mãe e sua irmã. Talvez pela falta de um pulso firme para educá-lo, Max fica extremamente violento quando contrariado. Na primeira vez, quando um amigo de sua irmã destrói seu iglu, ele molha a cama da irmã e seu quarto em represália, pelo simples fato de ela não ter feito nada para defendê-lo. Depois que a raiva passa ele até se arrepende, mas mantém seu primeiro instinto.
Na segunda vez, tentando atrapalhar o encontro da sua mãe e seu namorado (Mark Ruffalo), ele acaba dando uma mordida no ombro da mãe e a machuca. Quando ela briga com ele, Max foge de casa (no livro ele apenas se tranca dentro de seu quarto). Depois de pegar um barco e parar numa ilha habitada por monstros, Max se transforma em rei do lugar. Claro que tudo não passa de fruto da sua imaginação, então tanto faz se seria um quarto ou uma ilha.
O livro original original tem apenas 10 sentenças. Pouco mais de 300 palavras no livro inteiro, que conta a história através de belíssimos desenhos ilustrados pelo autor do livro. No filme não temos as belíssimas imagens, então o diretor alonga a história para poder caber no formato de longa. O resultado não fica muito bom e o filme fica sempre parecendo mais longo do que realmente deveria ser.
Os monstros são o maior problema do filme. Primeiro que eles não convencem como monstros que podem arrancar a cabeça de alguém. Eles parecem mais aqueles mascotes de times de futebol que ficam animando a torcida. Sempre parece que é alguém desengonçado que está vestindo uma roupa inapropriada. Além disso, Jonze os transforma em cópias de seres humanos altamente problemáticos que deveriam ir a um psicólogo.
Talvez agrade mais a adultos que a crianças. Os adultos talvez lembrem de suas experiências quando crianças. Mais provável mesmo que não agrade a ninguém.

5 comentários:

  1. poxa, discordo.
    esse é, pra mim, um grande filme.

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  2. FICOU MUITO LEGAL A RESENHA

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  3. esse filme diz muita coisa, pra quem pensa sobre os seus atos e sua vida. É só entender... O filme é um dos melhores que eu já assisti, com uma das melhores trilhas sonoras inclusive.

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