NOTA: 8.
Lyn: Um super soldado não teria que olhar. Ele simplesmente saberia.
Bob: Um super soldado?
Lyn: Um guerreiro Jedi.
Em 2005, o diretor desse filme, Grant Heslov, escreveu junto com George Clooney uma pequena pérola: Boa noite, boa sorte. Naquele filme, Clooney assumiu a direção. Eles se juntam novamente e dessa vez Heslov estréia na direção. O filme não é tão contundente quanto o dirigido por Clooney, mas também o dele não consegue ser tão divertido quanto este. E tem muita coisa pra se divertir aqui.
Bob Wilton (Ewan McGregor) é um repórter de um pequeno jornal de uma pequena cidade. Leva uma vida feliz até que sua esposa, sua namorada desde o colégio, o troca pelo editor do jornal. Arrasado, ele resolve ir para o Iraque para dar um sentido na sua vida. O sentido pode ser seu encontro com Lyn Cassady (Clooney), um soldado reformado do exército que treinou para ser um super soldado. Ou como ele gosta de dizer, um guerreiro Jedi.
O filme se divide em dois tempos. Em um acompanhamos a viagem dos dois pelo Iraque, no outro, Lyn contando como adquiriu seu super treinamento. Acontece que ele participou do exército da Nova Era, formado por por um veterano do Vietnã (Jeff Bridges) que queria transformar a vontade de soldados de não em lutar em uma arma que pudesse ser usada pelo exército. Parece que 85% dos soldados não atiram para matar.
O veterano, Bill Django, passa anos aprendendo conceitos de budismo e qualquer forma hippie de ser para poder usar no exército. Com a chegada da notícia que os soviéticos estão desenvolvendo um projeto de atividade para-psicológica, fica decidido que o exército norte americano não pode deixar os inimigos (essa parte se passa durante a Guerra Fria) passarem na frente. Anos depois, Lyn tem sua missão de achar seu antigo comandante.
O filme é todo absurdo como comédia. Clooney está bem a vontade com todos os trejeitos e visual exagerado. Quase como se pertencesse a um desenho animado. Pra completar o elenco, tem ótimos atores como Jeff Bridges lembrando seu personagem em Lebowski, um Kevin Spacey canastrão como vilão e um Stephen Lang. O único que destoa é o sempre previsível Ewan McGregor, mas que não chega a atrapalhar o filme.
Li de alguma pessoas que reclamaram por não ser fiel ao livro que o inspirou, ou de não se levar a sério. Para mim é justamente isso que faz dele um bom filme. Leve e divertido, com cenas e diálogos que fazem rolar de rir. Não fosse o ritmo meio irregular na parte final, Heslov teria feito um trabalho memorável.
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