terça-feira, 26 de abril de 2011

03 - ESPECIAL ELIZABETH TAYLOR: CLEÓPATRA


NOTA: 6.
- Ela é bem familiarizada com assuntos de ciência e matemática. Fala sete línguas fluentemente. Não fosse uma mulher, seria conhecida como intelectual.

Claro que não poderia deixar este filme de fora, já que é provavelmente o filme mais famoso da atriz. Mas também é claro que ele entra na lista mais pela fama do que pela qualidade. Dos cinco escolhidos para a lista, este é com certeza o mais fraco de todos. Para quem quer ver a atriz apenas, sem ligar para a qualidade, pode ser uma boa pedida, já que de suas longas quatro horas de duração, ela aparece em mais de três. Sem esquecer que esse é o famoso filme que ela recebeu o cachê de 1 milhão, valor alcançado pela primeira vez por um ator. Nada que aumente muito o total dos 44 milhões que o filme custou.
O diretor, Joseph L. Mankiewicz, fez questão de dizer que queria que a história pudesse se sobrepor à grandiosa produção. Para ter certeza que isso ia acontecer, ele apresenta não uma, mas duas histórias com duas horas cada. A primeira é sobre o romance entre ela e Julius Caesar, com quem acaba tendo um filho. A segunda é de seu romance com Marcus Antonius, que para soar melhor na terra do Tio Sam vira Mark Antony, com quem passa seus últimos dias.
Então o filme vira uma batalha entre a direção do filme e a direção de arte. Mankiewicz, porém, está em uma batalha perdida. Apesar de contar cada mínimo detalhe com muita calma (isso não é elogio, só para constar que o filme soa arrastado), tudo é muito grandioso e lindo de se ver. Cenários, vestimentas, objetos de cena e até mesmo uma frota de navios. Uma réplica do fórum romano foi construída nos estúdios da cinecittà, mas a soberba da produção fez com que ficasse três vezes maior do que era na realidade. E ainda assim, o diretor falha onde esperava acertar. Apesar da primeira parte ser até interessante, embora não seja brilhante, a segunda é bastante decepcionante. Grande parte porque o amor entre Marcus Antonius e Cleópatra não parece ser real. Eu não acredito que eles se amem em momento algum. Marlon Brando estava cogitado para o papel, talvez o resultado fosse mais interessante com ele como Marcus Antonius.
Dizem que o diretor teve a idéia de ter dois filmes de 3 horas. O estúdio insistiu em único filme. O primeiro corte do diretor tinha cinco horas e meia. Depois fez o corte final com mais de quatro. Agora, depois da morte de Taylor, estão cogitando lançar a "versão do diretor" com as seis horas que ele queria. Talvez, nessa nova versão, a a morte de Julius Caesar (Rex Harrison, a melhor coisa no filme) seja melhor aproveitada.
Naquela época, ninguém poderia acreditar que tanto dinheiro pudesse ser gasto em único filme. Ele foi concebido para ser um super espetáculo, como Ben-Hur ou E o vento levou..., mas não consegue se equiparar a nenhum dos dois. Se torna um filme muito menos interessante por isso. Não chega a ser ruim, mas o seu grande problema é o seu tamanho. Pense em custo benefício. Pouco filmes valem realmente serem assistidos por mais de três horas. Cleópatra, mesmo com a presença de Elizabeth Taylor, não vale a pena ser assistido por quatro.

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