sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O PUPILO


NOTA: 5.
- Tome cuidado, garoto. Você está brincando com fogo.

Hoje, Bryan Singer é um diretor conceituado. Seja pelo seu trabalho começando a franquia de X-men (estragada depois de sua saída), revitalizando a franquia de Superman ou mesmo ainda mostrando que é um diretor competente de suspense em Operação Valquíria. A verdade é que Singer teve uma carreira meteórica. Depois de seu primeiro filme, ele já fez bastante sucesso com Os suspeitos e já se tornaria bastante famoso 5 anos depois com a franquia dos mutantes. Mas entre um filme e outro, ele fez esse filme que poucos conhecem.
Um filme baseado em um conto de Stephen King. O escritor largou o terror de lado para escrever As quatro estações, que consiste em 4 contos dos quais três viraram filmes. Além deste, Conta comigo e Um sonho de liberdade.
Todd (Brad Renfro) é um brilhante aluno do colégio. Quando estuda sobre o holocausto, fica fascinado pelo assunto a ponto de estudá-lo diariamente. É quando reconhece um vizinho seu de uma foto nos livros. Um nazista procurado pelos seus crimes de guerra e acha provas suficientes para incriminá-lo. Sua intenção não é entregar o velho para as autoridades. Ele quer que ele conte as histórias da guerra para ele. Não as histórias que se lêem nos livros, mas aquelas que somente quem viveu pode contar.
O filme vai bem até certa parte, mas em determinado momento deixa de ser um interessante estudo entre a relação doentia entre duas pessoas inteligentes, que representam uma ameaça mútua um ao outro, e passa a ser apenas sádico, com corpos enterrados no porão e gatos sendo jogados no forno.
Renfro faz um trabalho competente dentro do seu papel, mas obviamente o show é todo de Sir Ian McKellen no papel do velho nazista Dussander. Ele é, provavelmente, o maior ator inglês ainda vivo. Uma cena em particular depende de seu talento. Todd lhe dá uma réplica de um uniforme nazista e pede para o velho marchar o usando. A intensidade que McKellen consegue passar para a cena chega a ser assustador. Pouquíssimos atores conseguem fazer cenas assim. Duvido se alguém pudesse fazer melhor.
Ainda assim essa devia ser uma história sobre Todd. A relação de chantagem entre ele e Dussander e todas as implicações que isso traz. Inclusive ser obrigado a mentir no colégio para não se meter em encrencas por causa de problemas na escola. Tudo isso se perde no sensacionalismo de mostrar o sadismo. Mas fica aí  a dica para o caso de alguém querer conhecer mais sobre o trabalho do diretor, que apesar de tudo mostra uma direção acertada. De quebra, tem David Shwimmer, o Ross de Friends, fazendo um papel diferente.

3 comentários:

  1. Pô, DTS, tu tava de mau humor quando viu o filme; esse é um Stephen King dos bons, cara! Não é Um Sonho de Liberdade, mas das histórias sem sobrenatural dele, é uma das melhores transposições!

    Brincadeiras com o amigo a parte, achei que a nota seria mais alta, gosto muito desse filme.

    Grande abraço

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  2. Pô, Rafael,

    Nem estava com humor alterado.
    Fazia muito tempo que não o via e não gostei quando revi.
    Muita apelação a morte do mendigo e o gato sendo jogado no fogo.

    Mas são essas diferenças de opinião que eu mais curto.
    rs

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  3. Esse filme é fascinante e assustador ao mesmo tempo...
    O menino se tivesse nascido nos anos 40 seria um nazista fanático e totalmente leal ao Führer!

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