terça-feira, 19 de julho de 2011

VAMOS NESSA - GO


NOTA: 8.
- Eu não sabia que tínhamos virado grandes amigos. Porque se tivéssemos, você saberia que eu não faço favores nem pros meus melhores amigos. 

Impossível não comparar este filme com Pulp fiction de Tarantino. O filme conta em três partes com personagens diferentes que em algum momento podem se encontrar, começa e termina no mesmo lugar e flerta com violência e drogas. O engraçado é que mesmo parecendo um derivado, o filme começa a mostrar uma personalidade própria, parte por causa do roteiro que mais acerta do que erra e outra parte por causa do diretor Doug Liman (Sr. e Sra. Smith, A identidade Bourne).
A diferença está nos personagens. Ou melhor ainda, na idade dos personagens. Se no filme de QT acompanhávamos adultos, aqui vemos a adolescência americana e principalmente as consequências de seus atos quase sempre estúpidos, ainda que nenhum dos personagens sejam burros. Quando a personagem pergunta algo simples como "Papel ou plástico?", percebemos a insatisfação de estar naquele lugar. Eles parecem ser melhores do que aquilo, mas ainda assim se encontram "presos" àquele lugar.
A história começa com quatro amigos que trabalham em um mercado. Ronna (Sarah Polley) está precisando de dinheiro para não ser despejada em pleno natal, quando Simon (Desmond Askew) pede que ela cubra seu turno para ele poder ir em uma despedida de solteiro em Las Vegas. Durante o turno, dois atores da TV perguntam por Simon de quem compram drogas para poderem fazer uma compra. Para acabar com seus problemas financeiros, ela resolve fazer ela mesmo a venda comprando do mesmo traficante, Todd Gaines (Timothy Olyphant).
Essa é a história "principal", ou pelo menos a que achei a melhor desenvolvida no filme. As duas outras partes parecem terem sido feitas mais para preencher o tempo do filme. Não que não tenham uma certa graça, mas não tem o mesmo timing. Então acompanhamos Simon e seus amigos em uma despedida de solteiro que acaba em uma perseguição e depois como a dupla de atores veio a se juntar à história deles. E para finalizar, eventualmente todas as histórias se juntam ao final do filme.
Apesar disso o filme funciona muito bem. Especialmente pelas atuações do filme, todas condizentes com o material. Até mesmo Katie Holmes com os mesmo trejeitos de sempre não consegue estragar o resultado. E no meio desses jovens atores, se destaca William Fitchner como um policial muito esquisito que está sempre aberto a novas experiências. Se a terceira parte do filme, a mais fraca, não se torna cansativa ou chata, é por causa da sua presença.
O mais importante é que o filme consegue se divertir em qualquer situação. Seja com um gato que se comunica por telepatia ou mesmo uma Macarena em um lugar no mínimo inusitado. Cortes rápidos e muito humor inusitado, fazem deste filme o que Pulp fiction poderia ter sido se fosse feito para adolescentes (o que por sorte, não foi).

Um comentário:

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