terça-feira, 10 de maio de 2011

THOR


NOTA: 7.
- Eu sacrifiquei muita coisa para conseguir a paz. Responsabilidade. Dever. Honra. Estão não são meras virtudes que devemos aspirar. Elas são essenciais para cada soldado, cada rei.

A Marvel lança seu mais recente lançamento baseado nos quadrinhos do herói nórdico também conhecido como o Deus do Trovão. Misturando os quadrinhos clássicos com uma pitada do universo Ultimate ( que está modernizando os personagens da Marvel para os novos tempos) e um pouco de Henquique V, de Shakespeare, o diretor Kenneth Branagh consegue contar uma boa história sobre o personagem Thor.
Começamos acompanhando uma equipe de pesquisa acompanhando fenômenos cósmicos durante a noite. Jane (Natalie Portman), Erik (Stellan Skarsgard) e Darcy (Kat Dennings) acabam atropelando no meio do deserto Thor (Chris Hemsworth). Aí o filme corta para um (longo) interlúdio que explica como ele foi parar no deserto, contando com uma batalha contra gigantes de gelos até seu banimento por Odin (Anthony Hopkins) e perda de seus poderes (e sua camisa).
A história então passa a contar como o herói se vira na terra do século XXI, um lugar bem diferente de sua terra natal e com costumes mais adversos ainda, enquanto tenta recuperar seu martelo mágico e sua divindade. No meio do caminho ele aprende sobre a humildade que seu pai tanto prega e, claro, se envolve romaticamente com Jane.
Então, temos aqui todos os requisitos de um filme de super-heróis: o herói, um vilão (Loki, interpretado por Tom Hiddleston), romance e boas cenas de ação entrecortadas por cenas cômicas. Nada dá muito errado nesta produção. Em poucos anos como produtora de filmes, a Marvel já dá sinais que descobriu sua "fórmula" de produção que pretende atrair o público para suas próximas produções, que vão culminar em um filme dos heróis reunidos chamado Os vingadores, sem apostar em nada que possa dar errado.
Esse é um dos principais fatores que me incomodaram no filme. Ele é certinho demais e se arrisca muito pouco. Se por um lado é uma aposta certa, por outra deixa uma margem muito pequena para chegar mais perto de filmes do gênero com mais alma (e muito superiores também) como Homem-Aranha 2 e O cavaleiros das trevas. É a vitória do cálculo do sucesso mercadológico sobre a criatividade e a ousadia. E mesmo a presença de um diretor como Branagh não conseguiu fazer a balança pesar mais para a arte do que para o tal cálculo. Muita preocupação com o futuro de suas franquias. Do contrário, quem pode explicar a presença de Jeremy Renner no filme? Sua única função é aparecer em um filme antes de Os vingadores, já que não terá seu próprio filme.
Interessante é ver que, mesmo com um elenco com dois vencedores de Oscar (Hopkins e Portman), dois "novatos" conseguem chamar muito mais atenção nos filmes que os "veteranos". Hemsworth era mais conhecido como o "pai de Kirk" no novo Star Trek. Aqui, ele caracteriza Thor de forma a não somente acharmos a escolha adequada, mas também a considerar uma missão difícil achar um ator melhor para o papel. Seu único real rival no filme é também o antagonista do filme. Hiddleston, que intepreta Loki, rouba a cena cada vez que aparece e se torna uma ótima surpresa.
É um filme que se encontra na faixa entre o mediano e o divertido, o que acaba saindo um pouco decepcionante. No final, fica a sensação que o personagem é interessante mas que não foi feito o suficiente para aproveitá-lo. Em breve, Capitão América: O primeiro vingador chegará aos cinemas e possivelmente no mesmo estilo.

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