sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A REDE SOCIAL


NOTA: 10.
- Você provavelmente vai se tornar um homem bem sucedido. Mas você provavelmente vai ficar achando que as garotas não gostam de você porque você é um nerd. E eu quero que você saiba, do fundo do meu coração, que isso não é verdade. Vai ser porque você é um babaca.

A frase acima é dita pela ex-namorada de Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), o criador do Facebook, quando ela resolve terminar com ele. É o que ela pensa, assim como a maioria das pessoas do filme. E depois de assistir, também os espectadores. O filme não é sobre um cara legal, é sobre um homem que consegue ver as possibilidades que os outros não conseguem. Não é por acaso que ele se tornou o mais jovem bilionário da história. 
E como na maioria dos filmes, tudo é por causa de uma garota. A mesma garota da frase acima, Erica (Rooney Mara). Logo depois de ser dispensado, Mark faz um site em que as pessoas da faculdade podem comparar as mulheres de Harvard para dizerem quais acham mais bonitas. Entre elas, Erica. A pequena brincadeira faz com que seja punido, e também que os irmão gêmeos Winklevoss (Armie Hammer interpretando ambos) ofereçam que Mark desenvolva um site para eles.
Mark os enrola tempo suficiente para desenvolver uma idéia inspirada no site proposto, mas com algumas diferenças. De resto, não há nada que vá surpreender as platéias. Todos sabem que ele foi processado pelos gêmeos, assim como pelo seu melhor amigo, que o ajudou a desenvolver o site e também pagou pelas despesas iniciais sozinho. Para quem não sabe, o amigo é o Brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield, que interpretará o novo Homem-Aranha).
A história pode ser conhecida, mas o grande acerto do filme é ser brilhante em mostrar o que todos conhecem de forma a não parecer chato em momento nenhum. Talvez tão brilhante quanto seu protagonista. E isto já se mostra na primeira cena, um diálogo dos mais complexos que o cinema já produziu.
É transformar um filme sobre uma linguagem que poucos conhecem (a linguagem do computador) e transformar a história numa linguagem que todos conhecem. Da mesma forma, que seu idealizador construiu um site que une 500 milhões de pessoas (ou mais desde o lançamento do filme) sem saber nada sobre relações humanas.
Essa inabilidade social é tão gritante, que quando surge Sean Parker, um ex-milionário falido inventor do falecido Napster, Mark tem grande interesse em se tornar amigo dele. Não porque ele é um cara muito legal, já que a moral dele é até mesmo duvidosa, mas porque ele o apresenta pessoas, festas, bebidas e drogas. Tudo que uma pessoa "normal" ás vezes passa pela vida. Mark quer experimentar isso pela primeira vez. Mas mesmo com a possibilidade, ainda assim é incapaz de se socializar.
É isso tudo que faz deste um grande filme. Porque é bem feito, tem ótimos atores e uma história interessante mesmo para quem não é do ramo ou até mesmo para leigos em computação. Na verdade, você pode assistir o filme sem ao menos saber o que é facebook.E isso é um feito.

5 comentários:

  1. Filme muito superestimado por todos, ao meu ver não tem muito brilhantismo não. A tal cena inicial que você aponta como complexo é um recurso adotado pelo roteirista pra impressionar, mas não tem sentido nenhum inserir aquele falatório todo, o tom verborrágico cansa demais e o filme é bem chatinho...

    abraço!

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  2. Neste ponto discordamos.
    O recurso usado, do jeito que foi, realmente impressiona, mas vai além disso.
    Ele mostra ao mesmo tempo a capacidade intelectual de Mark ao mesmo tempo que também demonstra a sua incapacidade de se socializar. Ainda vai crescendo até mostrar toda sua arrogância.

    Adorei a cena.

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  3. Eu achei um filme legal, mas também achei superestimado. Não achei fantástico nem brilhante. Achei muito bem feito e os atores, principalmente o que faz o Mark, muito bons. But that's it. ;)

    Bjusss

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  4. Eu achei o filme fantástico... ele não foi superestimado, na verdade, eu o subestimei... comecei a assistir sem muito entusiasmo, mas não passou do primeiro segundo para me prender. Bastou a trilha de abertura... o conjunto todo é maravilhoso. Valeria o Oscar sem dúvida nenhuma!
    Abração

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  5. Viu?

    Uns acham brilhante e outros não.

    Diana,
    Eu achei muito interessante.

    Màrcia,
    eu realmente gostei do "Discurso do Rei" então não sei se valeria o oscar também.
    Mas com certeza foi embate entre o "novo cinema" e o "velho cinema".

    Abraços.

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