NOTA: 6.5.
- A fronteira digital. Eu sempre me perguntei como seria. Eu imaginava as formas que poderia ter. Então eu passei por ela.
Em 1982, estreou nos cinemas Tron - uma odisséia eletrônica. O projeto não era bem visto na época por causa do grande uso de efeitos especiais. Nenhum filme até então havia usado a tecnologia em tão larga escala. O filme foi um enorme sucesso. Grande parte por causa das inovações. Hoje é praticamente impossível assistir a este filme de tão datado que ele ficou.
Então passamos para 2010. Hoje em dia, quase todos os blockbusters que fazem sucesso são repletos de efeitos especiais e quase nada hoje em dia parece realmente impressionar as platéias do cinema. E quando impressionam, a história decepciona como no caso de Transformers. Então, Tron é que deveria ser o novo divisor de águas, certo? Não é. Divisor da nova tecnologia 3D? Avatar já havia feito isso. Mas ainda assim, este filme pode ser divertido.
Isso, claro, se o espectador estiver disposto a passar por cima de qualquer senso lógico.
Começamos de onde o outro filme parou. Kevin Flynn (um Jeff Bridges rejuvenescido digitalmente), conta sua história do primeiro filme para seu filho, Sam (Garrett Hedlund). Depois ele parte em sua moto e nunca mais volta para casa. Assim, Sam cresce milionário e órfão. Ao invés de assumir a empresa de seu pai, ele faz estratagemas para prejudicar os negócios. Por que ele não assume a empresa ao invés de fazer uma brincadeira? Para o filme poder começar com uma cena de ação, provavelmente.
É depois disso que ele descobre que seu pai mandou uma mensagem depois de duas décadas de desaparecimento. E pelo que se fala no filme, apesar de se passarem 28 anos entre os dois filmes, eles contam que somente 20 anos se passou do desaparecimento de Kevin. Por quê? Um personagem de 20 anos é atrativo melhor que um de 30. Enfim. Assim Sam vai se juntar ao mundo virtual de Tron e jogar freesbees cibernéticos.
Depois disso entramos no mundo virtual, e as coisas que faziam pouco sentido, começam a fazer menos sentido ainda. Aí entram os dois trunfos fortíssimos do filme. O primeiro é o próprio mundo virtual, que chega a impressionar pela modernidade ao mesmo tempo em que tenta se manter fiel ao original. Nem tão fiel que o faça parecer tosco como o primeiro parece hoje, mas a ponto de ser reconhecível. Um trabalho fantástico. E o melhor de tudo no filme, uma trilha sonora sensacional que toma conta do filme. Em poucos casos a trilha se incorpora com tanta propriedade quanto aqui.
Poderia dizer também do trunfo de ter Bridges, mas isso chega a ser covardia. Poucos atores conseguem o que ele consegue. O número que chegou na idade dele fazendo isso se torna menor ainda. Isso tudo, apesar de sua versão digital que fala sempre com uma boca esquisita. Espero que essa forma digital não seja a próxima geração do cinema. A técnica somente mostra o quanto é essencial a presença de atores reais, apesar da tecnologia impressionar consideravelmente. Por isso, vale destacar que Hedlund faz um trabalho competente ao lado de Olivia Wilde.
Apesar de tudo, Tron está fazendo bonito nas bilheterias. E é isso que importa aos produtores. Se eles quisessem alguma coisa além disso, teriam contratado um diretor e roteirista melhores para caprichar mais na história, que é uma confusão só. O que importa é ação, som e o 3D. E isso eles entregam satisfatoriamente.
Então passamos para 2010. Hoje em dia, quase todos os blockbusters que fazem sucesso são repletos de efeitos especiais e quase nada hoje em dia parece realmente impressionar as platéias do cinema. E quando impressionam, a história decepciona como no caso de Transformers. Então, Tron é que deveria ser o novo divisor de águas, certo? Não é. Divisor da nova tecnologia 3D? Avatar já havia feito isso. Mas ainda assim, este filme pode ser divertido.
Isso, claro, se o espectador estiver disposto a passar por cima de qualquer senso lógico.
Começamos de onde o outro filme parou. Kevin Flynn (um Jeff Bridges rejuvenescido digitalmente), conta sua história do primeiro filme para seu filho, Sam (Garrett Hedlund). Depois ele parte em sua moto e nunca mais volta para casa. Assim, Sam cresce milionário e órfão. Ao invés de assumir a empresa de seu pai, ele faz estratagemas para prejudicar os negócios. Por que ele não assume a empresa ao invés de fazer uma brincadeira? Para o filme poder começar com uma cena de ação, provavelmente.
É depois disso que ele descobre que seu pai mandou uma mensagem depois de duas décadas de desaparecimento. E pelo que se fala no filme, apesar de se passarem 28 anos entre os dois filmes, eles contam que somente 20 anos se passou do desaparecimento de Kevin. Por quê? Um personagem de 20 anos é atrativo melhor que um de 30. Enfim. Assim Sam vai se juntar ao mundo virtual de Tron e jogar freesbees cibernéticos.
Depois disso entramos no mundo virtual, e as coisas que faziam pouco sentido, começam a fazer menos sentido ainda. Aí entram os dois trunfos fortíssimos do filme. O primeiro é o próprio mundo virtual, que chega a impressionar pela modernidade ao mesmo tempo em que tenta se manter fiel ao original. Nem tão fiel que o faça parecer tosco como o primeiro parece hoje, mas a ponto de ser reconhecível. Um trabalho fantástico. E o melhor de tudo no filme, uma trilha sonora sensacional que toma conta do filme. Em poucos casos a trilha se incorpora com tanta propriedade quanto aqui.
Poderia dizer também do trunfo de ter Bridges, mas isso chega a ser covardia. Poucos atores conseguem o que ele consegue. O número que chegou na idade dele fazendo isso se torna menor ainda. Isso tudo, apesar de sua versão digital que fala sempre com uma boca esquisita. Espero que essa forma digital não seja a próxima geração do cinema. A técnica somente mostra o quanto é essencial a presença de atores reais, apesar da tecnologia impressionar consideravelmente. Por isso, vale destacar que Hedlund faz um trabalho competente ao lado de Olivia Wilde.
Apesar de tudo, Tron está fazendo bonito nas bilheterias. E é isso que importa aos produtores. Se eles quisessem alguma coisa além disso, teriam contratado um diretor e roteirista melhores para caprichar mais na história, que é uma confusão só. O que importa é ação, som e o 3D. E isso eles entregam satisfatoriamente.
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