terça-feira, 18 de janeiro de 2011

ENCONTRO EXPLOSIVO


NOTA: 6.
- Algum dia. Palavras perigosas. Na verdade, é apenas um código para "nunca".

Este filme é uma confusão, em parte por causa da própria confusão que foi chegar a versão final do roteiro. Originalmente foi escrito como um filme sério e chegou a ter mais umas 3 versões antes de começar a ser filmado. Para os papéis, foram considerados Gene Hackman, Chris Tucker, Eva Mendes, Adam Sandler e Gerald Butler. Até ser finalmente confirmado com Tom Cruise e Cameron Diaz, que já haviam trabalhado juntos em Vanilla Sky.
Roy Miller (Cruise) é um agente secreto (de novo) que conhece June (Diaz) no aeroporto. Eles estão no mesmo vôo para Boston. Quando June vai ao banheiro, Miller mata todos os passageiros e pilotos do avião, que aparentemente também são agentes tentando matá-lo. Ele pousa o avião, a droga para que fique inconsciente e a leva para sua casa. Assim começa a estranha relação entre os dois.
E durante a história, continuam se seguindo muitas cenas de ação, com explosões, efeitos especiais e muitos tiros para um filme que planeja ser uma comédia romântica. Tudo com os problemas de roteiro que não cansam de aparecer durante toda a projeção.
Parte disso pode ser culpa dos últimos sucessos nos cinemas. Filmes com atores desconhecidos estão colocando em dúvida se as pessoas estão indo pro cinema ver astros ou filmes. Então, é possível que os produtores aqui tenham tentado conciliar as duas coisas. Incluir dois astros em um filme que poderia atrair a audiência pela ação e efeitos especiais. Com um orçamento de 117 milhões, rendeu pouco mais de 76 nos cinemas americanos.
Pra mim, parte disso está nos erros que eles consideraram que seriam acertos. Pra começar, pra quê ter um diretor do calibre de James Mangold (Garota interrompida, Identidade, Os indomáveis e Johnny & June) se o forte do filme não é a história ou mesmo os personagens. Talvez fosse melhor ter chamado Michael Bay para este projeto.
Depois, o que adianta ter os dois astros na mão e não aproveitá-los? Em grande parte eles são substituídos por efeitos especiais e até parece em algumas cenas que foram substituídos por animação. Além disso, o desenvolvimento de seus personagens são trocados por cenas de tiroteios e explosões. Chego até a duvidar se os atores viajaram para as locações dos filmes.
Bem. No final, os efeitos não funcionam tão bem assim e as cenas de ação não chamam tanta atenção. Aí fica as perguntas sobre o roteiro, como: afinal, por que ela tem que ir junto com ele na viagem?
A personagem de Diaz passa a maior parte do filme inconsciente. Provavelmente para disfarçar os furos do roteiro. Será que, já que não os roteiristas não sabiam como chegar de um ponto a outro, por que não a colocar desmaiada sem precisar explicar nada e ainda tentar parecer engraçado? Assim como, ele a apaga toda vez que tem uma cena de ação, já que ela se apovara. Então, de uma hora para a outra, ela domina tudo que um espião precisa para sobreviver.
É pedir demais por um filme que não jogue tudo fora por causa de efeitos especiais? Um filme que preze personagem e história e que divirta?
O balanço final é que é um filme que diverte, mas que poderia ser melhor. E só funciona por causa de seus atores, que funcionam tanto como astros de ação como tem um ótimo timing pra comédia. Pena que o filme não seja focado neles. E pena também que algumas pessoas não achem que o cinema ainda precise de astros. Eu acho que precisa.

2 comentários:

  1. Ahhhhhhhh

    DTS

    é filme leve (sem sangue q vc não gosta)kkkk eu ri muitoooo...eu gostei principalmente dos desmaios kkkk

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  2. Adorei o comentário.
    rs

    Eu queria ter gostado deste filme, mas essa onde de efeitos desnecessários só porque é fácil de fazer está estragando muitos filmes.

    Esse e muitos outros.

    Beijos.

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