domingo, 15 de novembro de 2009

A ORFÃ


NOTA: 4.
"Acho que as pessoa deveriam sempre pegar as coisas que aconteceram de errado na vida dela e transformar em algo bom. Não acha?" Esther

Ao longo de seus 123 minutos (e realmente ele parece longo) fica a nítida impressão de que o filme poderia ser bem melhor. E dessa vez nem posso dizer que ficou no quase. O diretor se esforça bastante para qualquer pessoa que estiver assistindo sair da sala. É como se ele nos punisse por estar vendo. Só não consegue 100% de abandonamento por causa da ótima atuação de seus atores. E aqueles que conseguem ficar até o final são agraciados pela melhor (e infelizmente mal aproveitada) virada da trama em muitos anos.
Acompanhamos um casal que está pensando em adotar uma criança. Eles já têm dois filhos, mas como sofreram um aborto no terceiro, eles querem transferir esse amor para uma outra criança. Ao visitar o orfanato eles decidem adotar Esther. Ela parece adorável, inteligente e tem um grande talento para pintura.
Porém, como o postêr mesmo diz, há algo de errado com Esther. Ela não tem aquela inocência que as crianças costumam ter. Ela parece muito mais madura do que deveria ser pra sua idade. Mesmo para uma criança que ficou prematuramente madura. Ela sabe das coisas. Há uma dose de sabedoria nas coisas que ela fala. E quando ela senta no piano, mesmo tendo feito sua nova "mãe" pensar que não sabia tocar, ela não comete um único erro em uma música complicada de Tchaikovsky.
Por esses e outros motivos, desde sua chegada, ela e Kate (sua nova mãe) não se dão bem. Talvez porque seja fácil demais para Esther implicar com Kate, uma mulher que devido a algumas péssimas escolhas teve vários problemas em sua vida pessoal. A isso junta-se o comportamento condescendente de John, o marido, que justamente por causa dos problemas de sua esposa, prefere acreditar que não há algo errado com Esther.
O que deveria ser o grande gancho do filme é saber o que há com ela, por isso é estranha a decisão do diretor de explicitar (até mesmo no trailer) as maldades da menina. Não há um suspense em saber se ela realmente é uma criança perversa ou se é uma impressão equivocada da mãe com problemas psicológicos.
Outro erro do diretor (do horroroso A Casa de cera) é que ele faz questão de usar todos os clichês do gênero de forma tão banal que beira o patético. A cena do espelho que não assusta mais ninguém desde os anos 80? Está lá. Ele não traz nada de novo ao gênero. Na verdade ele estraga tudo que há de bom nele. Por isso que quando a virada finalmente chega, pode ser, terrivelmente, tarde demais. Talvez na mão de um diretor mais talentoso pudesse ser um bom filme. Aqui se torna apenas uma história que poderia ser melhor aproveitada.

15 comentários:

  1. É como se ele nos punisse por estar vendo.
    Como assim? .... eu realmente amei o filme, e essa sensação que vc teve se chama .. Ansiedade!!

    Esse filme nos deixa ansioso para ver o final, e não nos faz punir por estar vendo --'

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    1. Ainda acho que fui punido por estar vendo um filme ruim.
      Já fiquei ansioso com filmes, e a sensação é bem diferente.
      Acredite.

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  2. Queria muito ver esse filme..

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  3. queria sabe como e o filme nao a critica dele

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  4. Esse filme é um dos melhores que ja assisti, muito bom.

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  5. Vc deve estar de brincadeira né?!

    O filme é bom sim.

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  6. queria saber mais detalhes sobre o filme e não sobre as críticas do filme e erros do diretor,eu dou os parabéns a ele porque o filme é incrível!

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  7. Sabe...Excluir perguntas n vale enviei uma 15 de maio e ate hj n apareceu

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  8. Achei o filme muito bom, mas realmente, o suspense do filme poderia ter sido valorizado.

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  9. O filme é incrível e falar mal de "A Casa de Cera" por favor né vamos combinar que gosto não se discute mais as pessoas devem tomar mais cuidado com o que falam

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