quarta-feira, 30 de setembro de 2009

TOP GUN - ASES INDOMÁVEIS


NOTA: 7.
- Você é problema pra todo mundo. Porque toda vez que está no ar, você não é seguro. Eu não gosto de você porque você é perigoso.

Top Gun é para mim um filme muito difícil de analisar. Primeiro porque se trata de um filme que assisti a uma centena de vezes na TV com meu irmão quando éramos crianças. Para um nostálgico como eu, isso já conta muito. Segundo porque ele me confunde de certa forma. Apesar de ter um roteiro banal, as cenas boas são tão boas, que parecem apagar todo o resto do filme.
E claro que as cenas boas são as cenas de batalhas dos aviões que são nada menos que espetaculares.  Mesmo assistindo hoje, não deixei de me impressionar como elas são bem filmadas. Não foram superadas até agora e nem devem ser, já que as altas tecnologias de hoje transformam pilotos em peças obsoletas e geram, no máximo, filmes ruins como Stealth.
Logo na sequência inicial, vemos um piloto em atrito com um caça russo. Ele vira de cabeça para baixo ficando a poucos centímetros da outra nave e lhe mostra o dedo. Isso o torna uma lenda já que a manobra era considerada impossível.
Apesar de ser considerado perigoso, ele é selecionado para ir para Top Gun, uma escola onde os pilotos aprendem a serem os melhores do mundo (não se esqueçam que os americanos são extremamente presunçosos). O piloto é Pete “Maverick” Mitchel (Tom Cruise em início de carreira e no auge da canastrice). O melhor da turma, tem o nome posto em uma placa.
Aí seguem os clichês do gênero. A relação dele com a garota, o mistério sobre seu pai que morreu num acidente sigiloso e a rivalidade com outro piloto tão bom quanto ele de nome Iceman (Val Kilmer). Por sorte, essas cenas duram pouco e são imediatamente substituídas por mais batalhas.
Mas ainda assim o filme apresenta seus problemas. O principal e a química entre Cruise e McGillis. Ou a falta dela. O romance entre eles é tão fraco e inconvincente apesar da beleza dos dois. Mais uma prova que apenas beleza não basta.
De resto não há surpresas. Todos sabem que vai acontecer e quando vai acontecer. Formulaico até a raiz do cabelo, o roteiro se arrasta enquanto as cenas de ação salvam o filme. Simplesmente isso.
Fica a curiosidade de ver Cruise no início de carreira e observar o quanto ele melhorou com o passar dos anos. Pode não ser o melhor ator, mas com certeza é esforçado o suficiente para evoluir na sua profissão. Mas uma coisa não mudou, canastrão ou não ele sempre pareceu uma estrela de Hollywood.

3 comentários:

  1. Esqueceu de falar do homoerotismo constrangedor de algumas cenas (como aquela famosa cena da praia).

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  2. Não é o tipo de coisa que busco.
    Fosse em outro filme, não incomodaria, mas como é um filme para "homens"...

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  3. O filme marcou uma geração e todos gostamos dele. Mas não há como não observar alguns furos "infantis" em relação a aviação de caça, e aqui vão alguns: 1) Aviões F5 fizeram papel de MIGs, o que deixou a coisa meio "amadora"; 2) Os pilotos voavam com suas máscaras de oxigênio desconectadas, penduradas, ora bolas aquilo é um equipamento vital para um piloto de caça; 3) O movimento de cabeça em voo dos pilotos sugere que eles estão andando de carroça cheia de tarros de leite em uma estrada pedregosa e não num caça a jato. Mas apesar disso o filme é um clássico e não deixará de sê-lo.

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