domingo, 27 de setembro de 2009

IRRESISTÍVEL PAIXÃO


NOTA: 8.
“É como ver uma pessoa pela primeira vez e há um tipo de identificação. Como se os dois soubessem de algo. No momento seguinte a pessoa se foi e é muito tarde pra fazer algo. Aí você se pergunta: ‘E se eu tivesse parado?’.” Jack Foley
Esse é um daqueles “pequenos” bons filmes que acabam te surpreendendo. Talvez seja pro causa do foco que o filme tem. Esse é um filme de crime onde o que menos interessa é o próprio crime. É mais sobre os personagens e seus trejeitos.
Os principais são Jack Foley (George Clooney) e Karen Sisco (Jennifer Lopez, numa das únicas vezes que não estraga o filme). Ele é um ladrão de banco que acaba de escapar da prisão onde foi preso depois de roubar um banco. A melhor parte é saber que em nenhum dos casos ele usou uma arma. Ela é uma Agente Federal que se apaixona por ele na mala de um carro depois que tenta acabar com a fuga dele. Depois, ela é responsável por tentar capturá-lo.
Claro que não há somente os dois no filme. Há vários outros personagens interessantes no filme como o parceiro de Foley, Buddy Bragg, o atrapalhado e pateta Glenn e o ex-boxeador Snoopy Miller. Esses são os envolvidos no esquema para assaltar a casa de um banqueiro que também cumpriu pena chamado Ripley.
Mas é no meio de todos que acompanhamos o flerte entre Foley e Sisco, apesar de estarem em lados opostos da lei. Sisco leva seu trabalho muito a sério e Foley não sabe fazer nada além de ser um criminoso. Como pode dar certo? O principal é muito charme. Não sou fã de Lopez, mas aqui, ela faz o par ideal com Clooney. Me lembra um pouco dos filmes de antigamente onde interessava mais o casal de atores que o próprio filme em si.
Não me entenda mal. O filme não é veículo para os atores. Há uma grande história brilhantemente escrita. É só que eles se encaixam perfeitamente no papel. A cena de sedução é ótima. Os vemos conversando na mesa numa cena cortada com a ação dos dois no quarto. Os diálogos não batem com o que está acontecendo. A cena toda parece errada e ainda assim tão certa.
Soderbergh surpreende em um filme simples que beira o brilhantismo, para fazer esquecer as besteiras dos “Segredos”, também com Clooney. Diálogos brilhantes, ótimos personagens, boa história e tudo otimamente filmado. Um dos melhores do diretor.

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