NOTA: 8.
“Mal posso esperar pra sair dessa casa.” Marvin
Esse filme era um daqueles filmes que passava constantemente na Sessão da Tarde e eu lembro de ter assistido inúmeras vezes sem me cansar. Depois de anos sem assisti-lo, vejo agora o motivo porque esse filme tanto me agradava. É um daqueles filmes com boa intenção e bons momentos.
Está certo que todo mundo sabe logo no início o que vai acontecer, talvez até mesmo como vai acontecer, e ainda assim é ótimo ver como vai acontecer.
No início vemos os três irmãos brigando. Fica óbvio que eles não conseguem conviver um com o outro. Depois de muitos anos o reencontro entre os três. O organizado Marvin, agora um sargento do exército. Buddy, um sonhador que procura apenas apaziguar os conflitos. E Bobby, o rebelde sem causa da família (interpretado por um então adolescente Patrick Dempsey).
Os três se reencontram para dirigir um Cadillac Coupe de Ville (que dá o nome original) de presente para a mãe deles no aniversário dela. É o mesmo Cadillac que eles tiveram muitos anos atrás. É o caso típico de uma viagem pela estrada onde as pessoas se conhecem melhor e passam a gostar umas das outras.
Não se preocupem, não estou estragando nada do filme. Qualquer espectador moderno vai sacar o filme logo de cara. Tenho minhas dúvidas se naquela época eu ficava mais impressionado por ser algo original ou se por pura ingenuidade minha. O filme é bem datado, nenhum departamento se destaca no filme. Figurinos comuns, locações simplórias e enquadramentos básicos.
Mas o filme conta com atuações inspiradas (incluindo Alan Arkin – o avô de A Pequena Miss Sunshine – e um inspirado James Gammon, que conserta o carro) e a boa intenção de contar uma história bonita. Para um público mais seleto, pode não ser suficiente, mas é para mim. O amor nesse filme não é aquele dito da boca pra fora, e quando você o percebe, ele se torna mais forte e poderoso. Quem já viu, vale uma nova olhada. Quem nunca viu pode se surpreender.
Nenhum comentário:
Postar um comentário