sábado, 15 de agosto de 2009

HÁ TANTO TEMPO QUE TE AMO – IL Y A LONGTEMPS QUE JE T’AIME



NOTA: 9,5.
Kristin Scott Thomas é Juliette, mulher que vai morar com a irmã (e seu marido, sogro e duas filhas adotadas do Vietnã) depois de estarem 15 anos afastadas. A demora do reencontro se dá por causa da condenação de Juliette por assassinato. Por conta de seu histórico, Juliette não é bem recebida pelo seu cunhado, o único da casa que conhece seu passado. E nem ela mesma se sente bem vinda com a vida fora da prisão.
Depois de tanto tempo aprisionada, ela precisa aprender a levar sua nova vida. Mesmo em uma mesa de jantar com várias pessoas, ela está sempre distante do resto, apenas escutando sem participar. Somente duas pessoas no filme a deixam confortáveis: Papy Paul, o sogro de sua irmã, e o policial que cuida da sua condicional. Papy porque foi vítima de um derrame e perdeu a capacidade de fala e o policial por saber o que ela passou pelos últimos 15 anos. Talvez seja o único do filme que saiba.
O filme explora o problema de comunicação dessas pessoas. De Julliete, que não se abre com ninguém; de Léa que ora parece aceitar e ora parece perdida com o que deve sentir em relação a irmã e o marido que se incomoda com o crime que a cunhada cometeu. Ninguém no filme a pergunta exatamente o que quer saber. Falam “daquele lugar” ao invés de simplesmente dizer prisão. O único que faz perguntas diretas não tem a resposta com uma sinceridade total. A sinceridade é disfarçada como se fosse brincadeira.
O filme todo gira em torno de Juliette, por isso tantos elogios para Kristin Scott Thomas. Ela, com extrema maestria, faz com que Juliette aprenda seu novo lugar no mundo. Se abrir novamente para as pessoas e deixá-las fazerem parte do seu mundo, como há muito tempo não fazia. Até seu chefe no novo trabalho a pede isso. Por mais que seu delito tenha sido grave, por mais que suas emoções tenham sido enterradas em seu mais profundo ser. O filme dá uma escorregada no final com uma reviravolta desnecessária, mas nem de longe o torna menos emocionante.
Curiosidade: O título do filme se refere a uma música popularmente conhecida na frança, La Claire Fountaine.

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