quarta-feira, 16 de maio de 2012

COMPRAMOS UM ZOOLÓGICO - WE BOUGHT A ZOO


NOTA: 6.
- Sabe? As vezes o que você precisa é de vinte segundos de coragem insana. Literalmente vinte segundos de uma coragem embaraçosa, e eu prometo que algo ótimo virá.

Neste filme, Matt Damon interpreta Benjamin Mee, um viúvo pai de dois filhos que acaba comprando um zoológico. Realmente existiu um Benjamin Mee na Inglaterra que comprou o zoológico de Dartmoor que fechou em 2006. Adaptando essa história, o que o diretor e roteirista (de Jerry Maguire e Quase famosos) fez, foi simplesmente jogar os Mees, com a exceção da esposa, para os Estados Unidos e segue a fórmula básica de roteiros.
Não é um filme desprovido de charme, ele tem os seus trunfos. O Mee de Damon com certeza é um ponto forte do filme. Ele é capaz de fazer ao mesmo tempo um sujeito teimoso que se mete em uma confusão sem saber como sair dela, mas ao mesmo tempo é extremamente agradável. Scarlett Johansson também consegue fazer um bom trabalho, apesar de sua personagem eventualmente ter que se interessar romanticamente por Mee simplesmente porque isso está no roteiro. Os demais personagens, porém, não parecem existir além do fato de que o zoológico necessita de outros empregados. Temos até Patrick Fugit, o eterno herói de Quase famosos, que anda para cima e para baixo com um macaco no ombro. Talvez uma tentativa desesperada de fazer com que seu personagem seja interessante se não aparecer sem o animal.
Como descobrimos no início do filme, Mee ainda está de luto pela morte da mulher enquanto tenta criar seus dois filhos. Rosie é uma adorável criança de 7 anos típica de filmes onde a criança é um adulto em corpo infantil. Dylan é o mais complicado, e depois de uma série de problemas no colégio, acaba sendo expulso por ser pego roubando. Decidido a mudar de ares, Mee começa a procurar uma nova casa, e na busca sua filha se apaixona por uma afastada da cidade. A pegadinha? Era um antigo zoológico particular, e quem comprar a casa terá que assumir também os cuidados dos animais.
Comprar um zoológico não parece ser uma coisa que venha na cabeça de uma pessoa, tanto que seu irmão e contador, Duncan (Thomas Haden Church), lhe sugere que não compre. Assumir o zoológico implica nas despesas da propriedade, funcionários e os custos pra manter os animais. Talvez um milionário pudesse assumir esse tipo de risco, mas poucas pessoas "normais" poderiam. Não adianta, Mee viu os olhos da filha naquele lugar e sabe que é onde ela pode voltar a ser feliz.
Os funcionários tem que ter paciência com Mee, que tem muito a aprender. Em especial Kelly (Johansson) e MacCready (Angus Macfadyen). Outros como Lily (Elle Fanning) estão felizes com a situação, ainda que sua personagem só exista para ser o segundo romance que temos no filme. Quem não tem paciência com Mee é Walter Ferris (John Michael Higgins), o inspetor sacal que dará o alvará ou não do funcionamento do parque. O motivo para ser tão chato é que Mee e seus empregados devem conviver com prazos e novas regras para funcionar. Basicamente, ele é um gerador de crises para o filme.
Talvez melhorasse um pouco se os animais estivessem mais envolvidos no filme, mas isso nunca acontece. Eles estão sempre isolados dos humanos e pouco acrescentam ao filme. Os amantes de animais poderiam adorar se eles não parecessem meros animais de zoológico. Crowe fez bons filmes na sua carreira, mas ultimamente parece se contentar com filmes que seguem à risca a cartilha de roteiros, oferecendo uma história previsível e sem muita energia. 

4 comentários:

  1. Parece ser um filme agradável de se assistir. Pretendo conferir em breve.

    http://eaicinefilocadevoce.blogspot.com.br/

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  2. mt obrigado pessoal !!

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  3. Quem são os principais personagens ?

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