segunda-feira, 21 de junho de 2010

PRÍNCIPE DA PÉRSIA: AS AREIAS DO TEMPO


NOTA: 5
"Um grande homem teria impedido o que estava errado. Não importa quem estivesse ordenando." Rei Sharaman

Sabe quando você lê sobre um determinado filme infantil, desenho animado ou não, e alguém escreve que ele só vai agradar as crianças? Jerry Bruckheimer (produtor do filme) faz o mesmo, só o alvo muda. Seus filmes são feitos para adolescentes e adolescentes apenas. O problema é que, geralmente, pelo menos as cenas de ação chamavam atenção da platéia. Aqui, baseado nos movimentos de parkour, a ação chama atenção pela apatia.
Dastan (Jake Gyllenhaal) é um orfão adotado pelo rei da Pérsia, Sharaman. Ele é um príncipe sem direito ao trono, já que o rei tem dois filhos legítimos. Juntos eles invadem uma cidade pacífica chamada Alamut, regida por Tamina (Gemma Arterton), e logo após da invasão ele é acusado de planejar a morte do rei e foge com Tamina. Ele quer provar que não é culpado, ela está mais interessada na adaga que ele conseguiu durante a invasão, uma adaga capaz de fazer quem a empunha voltar no tempo.
Claro que como todo filme de Bruckheimer, este tem todos os clichês do cinema que ele pode usar. Dastan e Tamina não se dão bem no início, sempre trocando farpas, e assim eles vão avançando pelo filme sempre em atrito, até começar a gostarem um do outro (não ajam como se tivesse estragado alguma surpresa do filme). E no caso dele, sempre escalando coisas e pulando por paredes. E como não pode faltar uma saída cômica, aqui ela está na forma de Alfred Molina em outra grande perfomance.
Fica muito complicado de se preocupar com um personagem que sempre que corre perigo pode voltar no tempo e mudar os eventos. Especialmente quando toda a produção do filme está preocupada em nem sequer arranhar o rosto bonitinho de seu protagonista. E como foi dito antes, as cenas de ação não empolgam nem um pouco e com o CGI se tornam cada vez mais impossíveis e desinteressantes. Se o mocinho está numa situação que parece sem saída, você não precisa se preocupar. Com o CGI ele escapará ileso. No final, fica a impressão que pode ver cenas de parkour muito mais interessnates simplesmente procurando no youtube.
Na verdade, parece tudo parte de uma estratégia americana. Primeiro eles invadem o Oriente Médio militarmente, e agora Hollywood acaba por destruir sua cultura. Primeiro com Sex and the city 2 e agora com este. Se ao menos os protagonistas fizessem um mínimo de esforço, como Molina, para parecerem interessantes, poderia ter algo mais para curtir no filme, mas eles simplesmente resolveram serem tão apáticos quanto as cenas de ação.

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