NOTA: 7.
"Se fizer Deus sangrar, as pessoas vão deixar de acreditar nele." Ivan Vanko
Claro que um filme que faz a bilheteria que o primeiro Homem de ferro fez vai ter uma continuação. Se cogitaram até mesmo continuações de filmes como O sexto sentido e Gladiador, com um personagem de história em quadrinhos não seria diferente. Assim, resolveram seguir também a fórmula das continuações: mantém o básico do primeiro com mais coisas pra chamar atenção da platéia. Ênfase no mais, claro: mais explosões, mais efeitos especiais e por aí vai.
Então basicamente fica a história do primeiro, o que, infelizmente, não deixa espaço para surpresas para a platéia e transforma o filme em mais do mesmo. O que pode parecer uma forma acertada de fazer o filme mas que o faz perder se o compararmos com outras segundas partes de franquias de quadrinhos, como O homem aranha, Batman e X-men, que superaram seus antecessores. Só se supera mesmo no humor, em grande parte por causa de seu roteirista (Justin Theroux, de Trovão tropical).
Como manda a cartilha, todo herói precisa de uma falha para ser explorada. Aqui, o material que fornece energia àquela placa no peito de Stark e o mantém vivo o está envenenando também, o que o levará a morte a menos que ele encontre uma alternativa. Ao mesmo tempo ele tem que combater um senador que quer a tecnologia da sua armadura e um concorrente na indústria armamentista, Justin Hammer (Sam Rockwell), mas seu problema real é Ivan Vanko (Rourke), filho de um cientista que proclama que o pai de Stark roubou tecnologia do pai dele.
Mudanças: Don Cheadle substitui Terrence Howard como Rhodey e o acréscimo de Scarlett Johansson como Viúva Negra. A substituição eu não entendi, já que Howard é também muito competente, então não foi grande a alteração, e o acréscimo serve mais para beleza que por outro motivo. A personagem de Johansson é meio desnecessária e só serve para dar golpes que giram pra um lado e pro outro sem fazer muito sentido.
Então resta falar do que o filme tem a mais que seu anterior. Primeiro devo destacar o elenco. Claro que um filme desse não precisa de muito talento, mas quando tem ele melhora um pouco. Downey dá seu show particular assim como a boa presença de Rockwell, mas quem surpreende aqui é Rourke, impressionando desde sua "ressurreição" e roubando a cena de cada filme que atua. As cenas de ação tentam ser melhores, pelo menos vemos que foi gasto muito dinheiro, mas não impressionam tanto e parecem desnecessárias. Pra se ter uma idéia, a melhor cena é uma das mais simples, quando Vanko destrói o carro que Stark está correndo. Mas desnecessária mesmo é uma cena onde Stark e Rhodey protagonizam um combate de armaduras.
Basicamente, (o diretor) Favreau dá um passo atrás em relação ao primeiro filme. Em parte, talvez, seja pela tentativa da Marvel de querer fazer logo um filme dos Vingadores e ele tenha que colocar subtramas e personagens para que isso aconteça (talvez também tenham exigido a tal batalha das armaduras). Não é um filme tão independente quanto o primeiro. Não que o filme seja ruim, só não consegui me empolgar com ele.
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