domingo, 13 de junho de 2010

DEFENDOR


NOTA: 7.
"Lembra quando salvou a vida de Jack? Eu nunca vou me esquecer desse dia. Você era apenas um cara comum fazendo uma coisa extraordinária. Pessoas comuns fazem coisas extraordinárias o tempo todo. Você sempre vai ser aquele herói, Arthur." Paul Carter

Alguém já tinha imaginado Woody Harrelson como um super-herói? Não digo como herói de um filme, como no bom Zumbilândia, mas um super mesmo, com uniforme e tudo? O resultado pode ser conferido aqui, no mais improvável filme deste gênero, que conta também com muito humor negro e drama para contar a história do mais improvável dos super-heróis que o cinema conheceu.
Desculpem a repetição do improvável, mas vendo o filme dá para entender porquê. Harrelson é Arthur Poppington, o personagem cujo alter ego é o super-herói que dá o nome ao filme. Arthur não tem nenhum tipo de super poder. Ele seria como uma versão mais tosca de Kick-ass, que está pra estrear. Na verdade, ele é mais limitado que as outras pessoas, com um QI abaixo da média e uma certa dificuldade de entender as coisas.
Quando está em ação, Defendor é o mais clichê dos supers quando abre a boca. Frases que já ouviu em mais filmes que consegue lembrar como: "O perigo tem um jeito de me encontrar.", "Existem 8 maneiras de sair desse lixo, eu escolho a porta da frente." e "Eu sou seu pior pesadelo" saem frequentemente da sua boca. O que não é clichê é a maneira que ele combate o crime, com técnicas que incluem bolas de gude e vespas.
Ele se junta a uma adolescente prostituta, Kat (Kat Dennings), que diz ter informações sobre o inimigo que ele tanto procura, o Capitão da Indústria que ele responsabiliza pela morte de sua mãe. O cafetão de Kat se transforma numa espécie de arqui-inimigo dele, um tira corrupto que ajuda a máfia, principalmente o chefão Kristic, cujo envolvimento criminoso inclui prostituição e tráfico de armas.
Arthur é obrigado a visitar uma psicóloga (Sandra Oh), e é nas conversas com ela que descobrimos o que o impulsionou a se vestir todo de preto e colocar uma fita adesiva prata formando um "D" no peito. E lá também começamos a pensar nos atos dele. Moralmente, ele está certo ou errado? "Eu não sei, Arthur.", é a resposta que ela dá.
A história do filme se desenvolve meio precariamente. Certas vezes você vai até ter a impressão de que o filme parece estar se repetindo, dando voltas e voltando pro mesmo lugar. O que impede o filme de cair na chatice é o talento de Harrelson, que segura todos os defeitos do filme e os tira de letra, sem nunca deixar o filme perder seu encanto. E é ele que você vai acompanhar e torcer. Pode um homem fazer a diferença? É ver pra crer.

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