quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O TRAIDOR


NOTA: 8.
“Sabia que o Alcorão diz que se matar uma pessoa inocente é como se tivesse matado toda a humanidade?” Samir Horn
É estranho pensar que o livro religioso que contém a frase acima, possa ser usado para convencer pessoas a realizarem ataques terroristas. Seus ataques matam tanto homens, quanto mulheres e crianças. E mesmo o atentado contra o World Trade Center matou não apenas americanos, mas pessoas de diversos outros países.
Essa é uma das questões levantadas pelo filme: quantas pessoas inocentes devem morrer para se ganhar uma guerra. Ao mesmo tempo que matar uma pessoa inocente é matar a humanidade, salvar uma pessoa inocente é salvar o mundo.
O filme foca em Samir Horn (Don Cheadle), nascido no Sudão que viu seu pai ser assassinado dentro do seu carro por uma bomba. Anos depois, Samir se torna um agente secreto para o governo americano. Trabalhando infiltrado, sua missão é se infiltrar e acabar com uma célula terrorista.
Depois de tanto tempo lutando essa guerra, ele fica sem contato com seus superiores. Na verdade, pelo tempo que passou, apenas uma pessoa sabe da existência de Samir. Então ele é um agente duplo? Ou será que é um agente triplo? Ele quer acabar mesmo com a célula terrorista ou usa o governo para conseguir efetuar os golpes terroristas?
A maioria dos Mulçumanos é contra o terrorismo e Samir é um devoto. Ele sempre reza voltado para Meca e frequentemente cita o Alcorão. Inteligente demais para se matar com uma bomba. Não. Samir planta bombas que vão ser detonadas por controle remoto.
Até que surge o grande plano: várias bombas que vão ser detonadas em diferentes lugares ao mesmo tempo. Uma mensagem que a América vai sentir e muito.
O filme não toma lados. Vemos tanto as operações terroristas e sua motivações quanto o modo de agir das equipes dos EUA, liderados por Guy Pearce e Neal McDonough, dois agente do FBI que discordam da forma de como devem agir contra os terroristas.
Mas é Cheadle que segura todos os aspectos do filme. Seu personagem permanece obscuro durante todo o filme. Afinal, de que lado ele realmente está? A interpretação do ator está ótima. Talvez se ele se focasse apenas em papéis de alta projeção como Hotel Ruanda ou os “Segredos...” ao lado de George Clooney, já seria um dos atores mais reconhecidos e bem pagos de Hollywood. Pra nossa sorte ele sempre arranja um espaço para filmes como esse.

Um comentário:

  1. A porcaria da dublagem simplesmente não dublou as falas em árabe. Perdi muito da compreensão do filme.

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