quinta-feira, 11 de julho de 2013

SUPERMAN O RETORNO - SUPERMAN RETURNS


NOTA: 7,5.
- Você vai viajar para longe, meu pequeno Kal-El, ma não vamos te abandonar nunca. Você vai fazer da minha força, a sua. Vai ver a minha vida pelos seus olhos, como eu vou ver a sua vida pelos meus. O filho se torna o pai. O pai se torna o filho.

O diretor Bryan Singer dirigiu os dois primeiros (e bons) filmes dos X-men, então resolveu sair para fazer um filme do Superman. Não é um reboot, mas sim uma continuação dos dois primeiros. Já que ele não se incomodou muito em considerar os dois últimos filmes, acho que ninguém há de me culpar por fazer o mesmo. Afinal, foram esses filmes (III e principalmente o IV) os responsáveis por ficarmos tanto tempo sem um filme com ele.
Mais ainda, Singer é inteligente o suficiente para resgatar tudo que tinha de bom de seus antecessores e dar uma visão moderna com os elementos do passado. Pra começar, temos a volta de Marlon Brando aconselhando o filho através de efeitos digitais. E assim, Superman volta para a Terra anos após ter partido depois que descobriu que algo de seu planeta natal poderia ainda existir mesmo depois de sua explosão.
A esperança é vaga e é o que dita a vida desse "homem". Ele estava a procura de seu mundo, que não existe mais. Agora ele volta tantos anos depois para tentar, novamente, se encaixar no nosso mundo. E isso é uma tarefa ainda mais difícil, depois de observar o quanto mudou depois de sua partida. Não apenas no mundo de forma geral, mas também entre seus conhecidos. Ele volta para um mundo onde sua amada, Lois Lane (aqui interpretada por Kate Bosworth) cria seu filho pequeno. Além disso, está numa relação com uma ótima pessoa Richard White (James Marsden) depois de ter vencido o mais importante prêmio do jornalismos com uma matéria onde diz porque o mundo não precisa do Superman.
O único grande problema que vejo neste filme, é a escolha de Brandon Routh para o papel principal. Está certo que Clark Kent deve ser uma pessoa sem carisma para disfarçar quem realmente é, mas seu Superman está muito aquém do que costumávamos ver com Christopher Reeve. Os dois são um pouco parecidos fisicamente, e talvez esse tenha sido o motivo, mas ainda assim falta muito para se tornar um personagem carismático, ainda mais pela falta de diálogos que ele possui.
Os outros problemas do filme são menores, e dentro do universo que havia sido construído anteriormente, não incomodam tanto. Claro que o plano de Lex Luthor (Kevin Spacey) se mostra cheio de falhas e improvável de ter sido concebido por uma mente brilhante, mas novamente ele está de volta e pensando sempre em terras. O filho de Lois é que parece muito perdido. Todos sabem quem é o pai do garoto e em determinado momento ele faz uma demonstração de força, mas depois disso tudo que faz é ficar olhando o que está acontecendo a sua volta.
Agora, basta falar o que ele tem de bom. É a busca da alma do herói. Superman não é um de nós, e é isso que Donner nos fez perceber no primeiro filme. Singer retoma esse pensamento com boas cenas de ação e aventura. Novamente, todos os elementos estão de volta. Mas dessa vez eles estão alinhados para construir a profundidade do herói. Talvez falte senso de humor, talvez falte uma história melhor. Mas com certeza não falta alma.

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