segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A VIAGEM - CLOUD ATLAS


NOTA: 9.
- Ontem, eu acredito que não teria feito as coisas que fiz hoje. Eu sinto como se alguma coisa importante tivesse acontecido comigo. Isso é possível?

Li um crítico usando uma descrição de Churchill sobre a Rússia bem adequada à este filme, e na falta de capacidade de descrever de forma melhor, repito as palavras: "É uma charada, embrulhada em um mistério e dentro de um enigma". Assisti a este filme e neste momento em que escrevo já tenho vontade de assistir novamente, mas duvido que ao fazê-lo, serei capaz de solucionar algum mistério que não vi antes. O filme fascina a cada momento, e a cada salto na história.
Desde Matrix, os irmãos Wachowski procuram realizar filmes cada vez mais ambiciosos. Dessa vez eles se juntaram a Tom Tykwer (Corra Lola corra) e realizaram seu mais ambicioso projeto, e provavelmente um dos filmes mais ambiciosos de todos os tempos.
Em 1849, um advogado viaja em um barco combatendo uma estranha doença que lhe assola e abriga um escravo em seu quarto. Em 1936, um jovem compositor começa a trabalhar com uma lenda viva da música. Nos anos 1970, uma jornalista arrisca a vida para investigar problemas em uma usina nuclear. Nos dias atuais, um editor de livros se vê aprisionado em um asilo. Em um futuro distante, uma clone desenvolvida para trabalhar em rede de fast food se apaixona e acaba sendo arrastada para uma rebelião e num futuro ainda mais distante e pós-apocalíptico um homem tenta manter sua família viva em meio a uma guerra entre tribos.
Além disso, o filme é sempre interpretado, pelo menos em sua maioria, pelos mesmos atores (Tom Hanks, Halle Berry, Jim Broadbent, Hugo Weaving, Jim Sturgess, Doona Bae, Susan Sarandon, Ben Whishaw, Hugh Grant e alguns outros), mas isso não ajudará muito quando assistir o filme. Conhecimento não vai te ajudar. Muitos tentarão explicá-lo, e talvez nomes de grandes filósofos e psicanalistas vão surgir nas conversas, mas não acredito que nada disso vá acrescentar muita coisa ao que assistir.
Será que se trata de almas que migram pra lugares e tempos diferentes? Será que as marcas idênticas que as pessoas exibem em diferentes tempos se trata de uma conexão entre as tais almas? Depois de pensar sobre o filme, eu cheguei a uma conclusão, que é que nenhuma dessas perguntas ou quaisquer respostas que me apresentem vão me fazer apreciar melhor ou pior este filme. A minha resposta nesse momento, e que realmente me interessa, é que nada disso é realmente importante.
Para mim, o importante é se desvencilhar de qualquer tentativa de tentar entender as conexões entre as histórias. O que me fascinou aqui, é como minha mente pôde percorrer solta pela imaginação, extremamente fértil, de seus realizadores. Eu acho, que tentar compreender o filme como um todo, é um exercício que, talvez, não valha a pena, porque nenhuma resposta vai ser completa ou plenamente aceita.
O filme mistura ainda vários filmes dentro dele. É a chance de assistir diferentes histórias com o preço de um único ingresso. Temos farsa, pastiche, melodrama, ficção científica e suspense, além de histórias que podem levar sua mente a divagar sobre diferentes assuntos sem conseguir chegar à conclusão nenhuma.
Para os atores é uma chance única de interpretar uma série de papéis com complexidade, profundidade e totalmente diferentes uns dos outros. Para os diretores, uma liberdade criativa e da própria narrativa cinematográfica. Para nós, espectadores, uma demonstração esplendorosa de quão mágico um filme pode ser.

4 comentários:

  1. O filme é uma colossal chatisse de cunho espírita...Náo perca seu tempo...

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  2. Acredito porque encontrei provas no Espiritismo como a visão de algumas vidas passadas, vi que passo pelo que mereço não pelo castigo mas por aquilo que me faz crescer pois já fiz à outros.

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  3. Filme Belíssimo, apesar da aparente, complexidade, passa uma mensagem bastante clara, sobre o poder de nossas decisões.

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