terça-feira, 10 de julho de 2012

JOHN CARTER


NOTA: 5.
- Quando eu te vi, acreditei que era um sinal... Que alguma coisa nova estava vindo para esse mundo.

É difícil de acreditar que a Disney tenha gasto um total de 250 milhões de dólares para realizar este filme. Claro que muitos podem dizer não há como se colocar um valor em uma obra de arte, mas com certeza não estamos falando de uma obra de arte. Não há muita coisa para se ver, sentir, pensar ou se importar neste filme que parece não se importar em ser vazio. O pior? É um vazio que se prolonga por mais de duas horas.
Mesmo que tenhamos em mente que a história do filme possa acontecer, é difícil se envolver em um filme cheio de espécies evoluídas com tecnologias que vão de armas de destruição em massa, naves espaciais do tamanho de cidades inteiras em que as grandes batalhas são resolvidas em combates mano a mano. E ainda, ver uma espécie mais avançada se sentir ameaçada por um personagem desarmado apenas porque ele salta muito alto.
Baseado em uma série do escritor Edgar Rice Burroughs, criador de Tarzan, chamado Barsoom, o filme conta as histórias de John Carter (Taylor Kitsch), um humano que é transportado do meio do faroeste para Marte, que é conhecido pelos habitantes de lá como Barsoom. Tarzan está com números no cinema que se aproximam de uma centena de adaptações para o cinema, enquanto John Carter chega pela primeira vez mas já com uma campanha que faz parecer ser o início de uma franquia. Com o mal resultado nos cinemas, fica a dúvida se teremos outros filme ou não.
Carter é um veterano da Guerra Civil que está sendo procurado pelo exército. Depois de capturado, ele consegue escapar e acaba em uma caverna onde encontra com uma raça, possivelmente humana, que possui um artefato que o leva para o planeta vermelho. Claro que não estamos falando do planeta que a NASA nos mostra em imagens e fatos, mas sim um planeta com 3 espécies diferentes (duas muito similares com a raça humana e uma com os tradicionais homens verdes) onde a atmosfera permite que respire e que nosso herói dê saltos altíssimos.
Essa habilidade de Carter chama a atenção de todos os habitantes que estão em guerra entre si. Ele sente um pouco de afinidade pelos tais seres verdes de quatro braços, chamados de Tharks, e uma das raças parecidas com os humanos que tem uma linda princesa que obviamente se transformará no interesse romântico do humano, chamada Dejah Thoris (Lynn Collins, a personagem mais interessante do filme).
O filme é dirigido por Andrew Stanton, cujo créditos incluem Procurando Nemo e WALL-E, parecia ser um diretor capaz de construir histórias muito bem estruturadas, mas algo aqui não funciona tão bem como os desenhos animados que dirigiu. Apesar das cenas de ação serem bem executadas, não chegam a nos prender. Voltamos à velha questão dos efeitos especiais que faz tudo parecer fácil demais e nem um pouco emocionante.
Acredito que o filme deva ser bem feito o suficiente para atrair seu público, apesar de o fracasso na bilheteria sugerir o contrário. Ação bem realizada, efeitos especiais de primeira (as cidades chamam atenção) e a personagem da princesa que é interessante fazem com que John Carter não afunde totalmente. Não temos notícias de um novo filme da série, mas não ficaria chocado se uma nova produção começasse em breve.

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