quinta-feira, 14 de março de 2013

OZ: MÁGICO E PODEROSO - OZ THE GREAT AND POWERFUL


NOTA: 6.
- Não quero ser um homem bom. Eu quero ser ótimo.

O mágico de Oz é um dos filmes que me lembro com muito carinho. É um dos mais mágicos que me lembro de ter assistido em minha infância. No lançamento deste novo filme, a pergunta é se a mágica poderia ser repetida, especialmente depois do decepcionante Alice no país das maravilhas. Infelizmente a resposta é não. Algumas vezes tenta ser assustador. Outras vezes sensível. E outras vezes amargo. Em nenhum momento parece saber o que quer ser realmente.
Para as mulheres que se lembram do filme original, o filme pode soar ainda pior. Sai umas das melhores personagens femininas que existe na literatura infanto-juvenil para termos Oz (James Franco), um mulherengo que se envolve com toda mulher que cruza seu caminho sem se importar com nenhuma delas. Pior ainda, as mulheres em geral parecem tão inseguras e fracas, que serem rejeitadas pode ser a pior coisa do mundo.
O filme começa melhor do que termina, e em boa parte é porque presta uma boa homenagem ao longa de 1939, começando com a tela quadrada e com um bonito preto e branco. Da mesma forma que seu predecessor começava, somente ganhando cores quando os protagonistas chegam na terra de Oz (ambos através de um tornado, aparentemente a única maneira de se viajar para Oz), que aprendemos aqui ter o mesmo nome que o personagem por uma feliz coincidência. Ou talvez por causa da profecia de que um mágico com o nome do lugar chegaria para livrar a terra da terrível bruxa.
O que temos é o trio de bruxas que apareceram anteriormente. Theodora (Mila Kunis), Evanora (Rachel Weisz) e Glinda (Michelle Williams), sofreram algum tipo de "suavização digital" para parecerem mais "enfeitiçadas" ou coisa do gênero. Não funciona. A melhor personagem feminina do filme é uma boneca de porcelana salva por Oz. O lugar realmente tenta ser mágico de forma original, quando talvez pudesse ter mais efeito se simplesmente se voltassem pro original. O resultado é meio estranho.
Franco já trabalhou com efeitos especiais antes, especialmente na série Homem-Aranha, mas de alguma forma ele não parece confortável aqui. Tirando algumas boas cenas, como quando conserta as pernas da boneca de porcelana, ele não parece estar integrado com o resto do filme. Talvez seja porque provavelmente nada do cenário seja real e praticamente tudo só tenha sido inserido por computador na pós-produção, então quem pode culpá-lo?
No final, fica a prova final de que o filme é realmente uma declaração de que Hollywood não consegue mais produzir filmes como antigamente. Uma das belezas do filme era ver uma garota se perder em sua imaginação para depois retornar transformada pro mundo real. E tudo numa grande metáfora que se perde aqui sem o final apropriado para que isso aconteça. Ao final do filme anterior, Dorothy dizia que "não há lugar como o lar", e essa era uma poderosa mensagem. Aqui não parece haver mensagem alguma.

2 comentários:

  1. Ainda não vi o filme mas pelo trailer perece bom e e quero muito vê-lo.

    Gosto bastante do blog...

    ResponderExcluir
  2. Este filme fantástico que eu amava James Franco fascina me vê-la de novo e de novo

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...