segunda-feira, 11 de março de 2013

KILLER JOE - MATADOR DE ALUGUEL


NOTA: 7.
- Joe, me escuta. A gente tem que parar isso. Minha irmã nunca fez nada pra ninguém, eu não posso deixa-la com você.

Não consigo lembrar de nenhum outro filme que tenha uma família tão estúpida quanto essa. Pelo menos não em um filme que não fosse uma comédia. O idiota número um é Chris (Emile Hirsch), que tem problemas com jogo e muitas dívidas. Ele compartilha então seu estúpido plano com o idiota número 2, Ansel (Thomas Haden Church), seu pai. O plano é matar a ex-mulher de Ansel, que por acaso é a mãe de Chris, para que sua irmã, Dottie (Juno Temple) receba o dinheiro do seguro. Pra completar a família, temos Sharla (Gina Gershon), a atual mulher de Ansel.
Todos os personagens apresentados são apenas para dar suporte ao personagem principal: o assassino Joe (Mathew McConaughey) contratado para realizar o trabalho. Ele dá o nome ao filme e é a razão dele existir. Fosse mal interpretado, o filme seria um fiasco, mas (talvez de forma surpreendente) McConaghey se mostra mais que capaz de cumprir a tarefa.
Killer Joe não parece ser um sujeito burro, já que é um policial que faz um trabalho por fora matando pessoas e parece nunca ter sido apanhado ou sequer ter sido suspeito de algum de seus serviços. Ao mesmo tempo, não posso dizer que é um gênio, afinal, ele não consegue perceber quão estúpida é a família com quem está negociando. Ou talvez ele apenas ignore o fato sabendo que a situação irá lhe dar a possibilidade de passar um tempo com Dottie.
Sabemos muito pouco de onde eles estão e que tipo de lugar é este onde eles habitam. Parece ser o mesmo mundo que o nosso, mas muito mais estranho. E não apenas pelas pessoas que vemos no filme, mas pelo que vemos. Temos um bar de sinuca que possui apenas uma mesa e as pessoas podem conversar sobre assassinatos. Um barril que fica com uma fogueira acesa a noite toda sem ninguém por perto e debaixo de uma chuva forte. E a única programação na TV são corridas de carros gigantes. Tudo muito bem fotografado, mas ainda assim estranho.
Há também muita violência neste filme. Em algum momento do filme, praticamente todos os personagens acabam no chão ou com sangramento em alguma parte do corpo. Alguns acabam sangrando e no chão por mais de uma vez. Há também uma boa quantidade de nudez e sexo, e uma parte de bizarrice que não estamos acostumados a ver em filmes. Mas também é isso o que torna esse filme diferente dos demais, e mais interessante que a maioria.
O filme é dirigido por William Friedkin, que tem na sua lista filmes como O exorcista e Operação França, e realiza um trabalho bem interessante aqui. É uma adaptação de uma peça de teatro, e não consigo imaginar como funciona em um palco. O que percebo é que funciona como filme. Não posso dizer que é um filme que adorei, mas também não posso dizer que é um filme que odiei. Posso dizer, porém, que é um filme que prendeu minha atenção durante todo o tempo.

Um comentário:

  1. É meio nonsense demais pro meu gosto e ainda por cima aquele final é de matar... O elenco todo está muito bem (desde Tempo de Matar acho McConaughey ótimo, pra mim não foi surpresa ele estar tão bem), mas não curti, não.

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