quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O SENHOR DOS ANÉIS: A SOCIEDADE DO ANEL - THE LORD OF THE RINGS: THE FELLOWSHIP OF THE RING


NOTA: 9.
- Eu vou levar o anel para Mordor. Apesar que... Eu não sei o caminho.

Basicamente, existem dois tipos de pessoas que assistiram a esse filme. Uma parte, é formada por ávidos leitores de livros. Essa parte é a mais apaixonada pelo material por motivos óbvios. A segunda é formada pelas pessoas que não leem os livros e preferem assistir o filme porque leva menos tempo. Quando o diretor Peter Jackson tomou o comando da trilogia de filmes adaptando a maior obra nerd (esses livros só não foram mais vendidos que a bíblia), ele tinha o dever de agradar aos dois grupos. Eu li o livro antes de assistir cada filme, e fiquei bem satisfeito com o resultado. Assim como acredito que a maioria dos leitores deva ter ficado. Com ressalvas.
Devido a grande proporção que uma história como essa possui, Jackson compactou a saga de modo a deixá-la com a maior parte de ação possível, sem deixar de lado a mitologia que apaixonou milhões de de fãs pelo mundo inteiro. Certas partes terem ficado de fora, pois ele sabia que a maior parte da plateia iria procurar uma batalha entre o bem e o mal.
Mais impressionante ainda, é que esta é uma história feita à moda antiga. A mesma Hollywood que décadas atrás fazia filmes inocentes e mágicos como O mágico de Oz, hoje realiza filmes como Gladiador. Ainda que tenha se mantido fiel ao material original, a verdade é que não é possível realizar um filme hoje em dia que não siga os novos padrões. É um filme repleto de efeitos especiais, muita ação de tirar o fôlego e aventura. A adaptação segue a história a alterando para dar mais emergência ao filme, assim como cenas de ação foram extendidas. Consequentemente, mais correria e batalhas.
Uma coisa permanece inalterada. Os heróis da história são hobbits. Eles possuem características que fazem com que pareçam as mais improváveis criaturas para viverem ma aventura. Parecem seres humanos, mas são bem menores, fazem cerca de oito refeições diárias, tiram sonecas durante o dia e nunca se afastam do lugar onde vivem. Por outro lado, são perfeitos para esse caso, pois tem um bom coração. O único porém, é que a forma com que foi filmado para que eles pareçam pequenos, interfere um pouco nas cenas.
Se é possível que alguém ainda não conheça a história: se trata de um jovem hobbit chamado Frodo (Elijah Wood) que recebe de herança do seu tio um anel que é na verdade de grande poder e pode jogar o mundo inteiro (nesse caso, a Terra-Média inteira) nas trevas sob o julgo do maligno Sauron. Frodo irá porque é um dos poucos que consegue se mantar alheio ao poder que o anel exerce, e para acompanhá-lo, se juntam magos, humanos, elfos e anões.
No livro, a história era menos sobre batalhas e mais sobre as aventuras do nosso pequeno herói fora de  lugar. Seu cotidiano inteiro é modificado. Ele não só sai da sua zona de conforto, como conhece diferentes e mágicos lugares, pessoas e diferentes "entidades". Quando necessário, havia uma pausa para poemas e músicas, coisas que o filme infelizmente não tem tempo para mostrar. 
É uma produção fantástica que Jackson abraçou com paixão. Deve ter agradado muitos fãs e não fãs, foi indicado a Oscars e levou 4 estatuetas para casa (fotografia, efeitos, maquiagem e trilha sonora). Uma pena que: 1. a saga de Frodo fique reduzida para agradar as plateias que possa se interessar mais por outros personagens, afinal vale lembrar que são protagonistas e em determinados parecem muito mais coadjuvantes. Não estivesse Frodo carregando o anel, talvez fosse cortado do filme.; 2. toda a Terra-Média e a jornada sejam muito mais interessantes na minha imaginação. Que queira dar ênfase aos perigos da jornada é uma coisa, mas será que não há uma maneira de escapar que não seja por um triz? Que não seja no último segundo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...