quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

DETETIVE D E O IMPÉRIO CELESTIAL - DI RENJIE ZHI TONGTIAN DIGUO


NOTA: 8,5.
- Há muita gente que não quer que uma mulher se torne imperadora.

Fosse um filme falado em inglês, estaria concorrendo nas bilheterias com todos os blockbusters lançados no mesmo período. Sejam eles produzidos por Jerry Bruckheimer ou dirigidos por Michael Bay. Claro que o fato de não ter feito uma grande bilheteria mundial não influencia em um fato: o que temos aqui é um filme que não deixa a desejar em nenhum quesito, não importando qual país de produção estejamos considerando.
O rosto familiar de Andy Lau (O clã das adagas voadoras) é quem dá aparece nas telas como o Detetive D. A história se passa por volta de 690, durante a dinastia Tang. D ficou famoso em uma série de livros (17 no total), e em alguns sentidos lembra um Sherlock Holmes, pois baseia grande parte dos seus poderes dedutivos da observação.
Nessa história, acompanhamos Wu Zetian, que está próxima de ser coroada imperadora. A primeira mulher a ascender ao trono em toda a história do império. Claro que isso pode incomodar muitos homens, por isso uma força poderosa surge para impedir que isso aconteça. A obra de um imenso Buda está sendo concluída apressadamente para o dia da coroação, mas algumas mortes acontecem na construção e a construção é paralisada, afinal não é todo dia que pessoas vivas entram em combustão sem que ninguém as toquem. Pode ser obra de bruxaria ou pode ser crime, e alguém deve tentar solucionar o caso
Esse alguém em D, que é convocado pela futura imperadora. Ele estava numa prisão, onde ela mesmo o colocou, mas agora, como é necessário, seus crimes foram perdoados e ele volta à ativa com novos truques que aprendeu durante o tempo em que esteve na cadeia. E é quando ele aparece nas telas que também o filme é "invadido" por grandes cenas de luta muito bem coreografadas que acontecem em cenários criados pela última tecnologia de computação gráfica.
Seguindo a tendência do cinema atual, o filme tem muitas cenas com saltos impossíveis, personagens que quase voam e grande parte das lutas que são travadas mais na edição do que nas filmagens. Ainda que não tenha a mesma graça de assistir a filmes onde pareça que o ator está  realmente realizando as cenas de ação, devo destacar que o filme flui de uma maneira muito divertida. E ainda assim, devo também ressaltar que apesar de todas as trucagens, a câmera passeia pelo filme com muita mais fluidez do que quando assistimos um filme de Bay e seus milhões de cortes por segundo.
O mais importante é que o caso não é construído para que apenas tenhamos ação e efeitos especiais. Tem muita emoção e muito mistério para prender a atenção das plateias. E ainda uma boa caracterização de uma época que não é comum de se ver no cinema. Claro que é um filme que vive muito para as cenas de grande adrenalina também, mas isso só faz que a mistura fique mais interessante ainda.

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