terça-feira, 18 de dezembro de 2012

DRAGNET - DESAFIANDO O PERIGO


NOTA: 7.
- Você tem muitos sentimentos reprimidos, não é? Deve ser isso que mantém seu cabelo de pé.

Dragnet era uma clássica série policial que passava na TV nos anos 1960. Em L.A. cidade proibida, havia uma homenagem a série e seu bordão: "Somente os fatos". O filme pega alguns dos ingredientes básicos da série, mas utiliza um caso bem bizarro a ser resolvido pelos policiais. É sobre um grupo quase terrorista chamado P.A.G.A.N., que realizam assassinatos, ritos satânicos, sequestram animais e tentam sacrificar uma virgem utilizando uma cobra gigante.
O filme é estrelado por Dan Akroyd como Joe Friday, sobrinho do personagem original da série. Um policial totalmente correto e que segue todas as normas do livro, e ainda obriga todo o resto a seguir também. Seu companheiro é um Streetbek, interpretado por um Tom Hanks que ainda estava em ascensão na carreira mas já era um rosto bastante conhecido do público por uma série de filmes que já havia estrelado. Seguindo os conceitos básicos de filmes, Streetbek é o oposto de Friday que vai se chocar com o modo certinho demais dele.
Os dois são designados a cuidar do caso, o primeiro deles juntos. Se juntam a eles depois, quando a salvam do sacríficio, a virgem Connie Swail. E eu escrevo assim, porque ela é chamada com esse adjetivo na frente de seu nome por quase todo o filme. É ela, doce e pura, que acaba conquistando o coração de Friday, ainda que ele não saiba exatamente o que é esse sentimento que está começando a ter. Como ele diz, quase se sentiu assim, porque já teve um gato.
Apesar de Akroyd estar presente quase que exclusivamente como coadjuvante hoje em dia, sua interpretação e personagem são a principal força do filme. Ele fala de uma maneira extremamente rápida e ainda assim fluente, o que é um dos grandes prazeres do filme. Ou ele deve ter levado horas pra aperfeiçoar sua fala, ou realmente nasceu pra viver esse personagem. Mas é claro que não dá pra deixar de ressaltar a química entre ele e Hanks, que apesar de um pouco ofuscado é eficiente como sempre.
Não é um desses filme que te fazem rir do começo ao fim, mas ele apresenta algumas boas cenas que são muito engraçadas. Envelheceu um pouco com o passar dos anos, mas ainda mantém a maior parte da sua comédia intacta. E pra mim, isso rendeu umas boas risadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...