sábado, 4 de fevereiro de 2012

LEGIÃO PERDIDA - THE EAGLE


NOTA: 7,5.
- A águia não é um pedaço de metal. A águia é Roma.

Uma das grandes vantagens desse filme, é não tentar ser um épico. Mesmo Gladiador não conseguiu ser muito um épico como os que tínhamos antigamente e tinha uma história muito mais grandiosa do que essa. O diretor Kevin Macdonald (de bons filmes como O último rei da Escócia e Intrigas de estado) sabe para que  público está fazendo o filme e entrega um resultado plenamente satisfatório. Para um filme feito para adolescentes, temos mais do que costumamos encontrar.
A história é sobre um general de Roma chamado Marcus (Channing Tatum). Ele pede para servir perto de uma das fronteira de Roma. O lugar onde está servindo é alvo de constantes ataques dos bárbaros (que hoje chamamos de ingleses). Ninguém gostaria de servir lá, mas ele pediu. Foi perto daquela região que seu pai liderou uma companhia que sumiu misteriosamente junto com a águia, um dos símbolos de Roma. Esse fato traz desgraça à família de Marcus que tenta acabar com a má reputação.
Seu forte sofre um pesado ataque dos bárbaros. Marcus consegue proteger o forte e recuperar seus homens que estavam capturados, mas acaba gravemente ferido. Se recuperando na casa de um tio, Aquila (Donald Sutherland), ele descobre que recebeu um prêmio pela sua ação, assim como uma despensa honrosa por conta de seus ferimentos.Não bastasse isso, ele ainda é obrigado a ouvir os amigos de seu pai falando de seu pai como se fosse um traidor.
Para finalmente poder limpar o nome da família, ele resolve entrar Inglaterra adentro e fazer o que nenhum outro homem ou legião conseguiu: recuperar a águia. Para isso, ele conta apenas com a ajuda de Esca (Jamie Bell), um escravo que seu tio comprou para ele e que é descendente do líder que resistiu contra a invasão que o pai de Marcus participava. Aparentemente, a única coisa que impede Esca de matar Marcus é o fato que este salvou a sua vida.
Os dois encontram algumas respostas, por mais improvável que seja, mas não sem uma boa dose de derramamento de sangue. A grande vantagem é que não são lutas incessantes e intermináveis e que não deixam de fazer parte da história. Além disso, são lutas ensaiadas e com uma boa edição, o que faz com que a gente consiga acompanhar tudo que está acontecendo. Isso tem um efeito ainda maior, faz parecer que essas lutas pertençam ao mundo real.
O filme desperta interesses maiores. Ele se interessa no período retratado e age de acordo. A relação de Esca e Marcus é diferente do que se costuma ver em filmes. Em nenhum momento deixamos de perceber que eles são mestre e escravos. Em nenhum momento eles começam a agir como se fossem melhores amigos. São personagens com dimensão e não meras caricaturas, além de terem uma atuação bastante decente. Entrega mais do que promete.

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