quarta-feira, 14 de abril de 2010

O MENSAGEIRO (THE MESSENGER)


NOTA: 9.
"Você tem que estar sempre atento. Temos que chegar antes de todos, e estamos competindo CNN e outras emissoras." Capitão Stane

Num mesmo ano, Woody Harrelson estrelou duas pérolas. O primeiro foi o pequeno blockbuster, muito divertido, Zumbilândia. Depois, ele faz um filme quase independente, e nada divertido, nesse O menssageiro, dessa vez dividindo a tela com Ben Foster.
O trabalho que os dois realizam, é avisar os parentes mais próximos das vítimas dos soldados mortos durante a guerra. Nada melhor que realizar o trabalho do que pelo manual. Entre, diga suas falas, notifique a família e vá embora. Sem contato físico, sem se apegar com as pessoas. Eles têm que trabalhar rápido, menos de 24 horas, se levarem mais tempo que isso, é capaz que as pessoas descubram por algum noticiário.
A reação das pessoas são as mais diferentes possíveis. Um pai (Steve Buscemi) grita com raiva e quase os agride. Olivia (Samantha Morton, a vidente de Minority Report), apenas os agradecem. Uma família entra em desespero e os manda embora, pois aquilo não pode ser verdade. Cada um reage ao seu jeito, e Capitão Stane acredita que a melhor maneira de lidar com isso seja ficar indiferente. E com exceção do pai e de Olivia, eles não se encontram mais.
Aqui temos outra sólida interpretação de Harrelson. Ao contrário do outro filme, ele dá espaço para Foster brilhar, e é ele que comanda o filme. Ao contrário de seus papéis psicóticos, e praticamente repetitivos, em Alhphadog, Os indomáveis e até mesmo uma participação no seriado My name's Earl, aqui ele interpreta uma pessoa mais equilibrada. Na verdade, ele tem uma chance de fazer um personagem diferente, pra variar, e faz muito bem. Destaque especial para Buscemi, que no papel certo sempre consegue surpreender.
O filme marca estréia do diretor Oren Moverman, que entre seus créditos divide a autoria do roteiro de Não estou lá, o filme biografia mais original que já vi, onde Richard Gere, Christian Bale, Cate Blanchett e um garoto de 8 anos interpretam Bob Dylan. Aqui, ele usa a profissão desses dois soldados para analisar suas vidas. São duas bomba relógios prontas pra explodir. Stane é um ex-alcoólatra que pode beber a qualquer momento. Montgomery reprime todos seus sentimentos e parece que eles vão explodir a qualquer momento. A única pergunta estranha, é por que essas pessoas tão complicadas foram escolhidas para um trabalho tão delicado.

2 comentários:

  1. Pois é, digamos que ambos tenhamos gostado de Amor sem Escalas, mas você certamente se animou mais do q eu. Eu não sei em q você se baseia para dar notas a filmes, mas, honestamente, eu não daria 9,5 a Amor sem Escalas de modo algum. CLARO q eu não sei como se dirige um filme, nem sou bacharel em cinema, então com certeza meus requisitos são bem diferentes dos seus pra qualificar um filme em bom ou ruim, né?
    Té mais!

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    1. É muita questão de gosto também.
      Não quer dizer que meus critérios sejam melhores ou piores que os seus, apenas diferentes. E essa é uma grande graça do cinema, não acha?

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