segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

BIG FAN


NOTA: 8,5.
"Como você consegue uma concussão quando não tem cérebro?" Jeff Alfiero

Esse é um filme que não me admira não ter chegado no Brasil. O "herói" do filme é um homem de mais de 30 anos, acima do peso, feio, subempregado que mora com sua mãe. Ela ainda grita constantemente com ele, inclusive de que seu único encontro é com a própria mão direita. Realmente difícil de imaginar esse personagem nas telas de cinema, mas vamos torcer para que chegue em breve as locadoras para quem quiser assistir.
É mais bizarro ainda se pensar que além desse Paul da vida real, há um Paul que existe pelo telefone de um programa de rádio. Um programa esportivo que ele liga noite após noite para defender ferrenhamente seu time de futebol americano: New York Giants. Esse Paul que liga para o programa é altamente articulado. Bem diferente daquele que mora com sua mãe.
Mas de qualquer jeito ele é um fã incondicional. Não perde um jogo no estádio. Está sempre lá, só não pode entrar para assistir o jogo. Fica sentado no estacionamento vendo o jogo pela TV. Mas ainda assim um fã. Daqueles fanáticos que se consideram fã número um. Ele não é único. Quantas vezes não viu um torcedor que chega a tatuar o nome do time no corpo? O tipo de futebol é diferente, o fanatismo que os fazem até mesmo brigarem na rua não.
Um dia ele encontra com o astro do time e o segue até uma boate. Quando se aproxima para falar com ele, o jogador percebe que foi seguido e irritado bate no torcedor até quase matá-lo. Paul acorda 3 dias depois em um hospital e descobre que seu ídolo espancador está suspenso por conta da investigação. Quando indagado pela polícia ele diz que não se lembra. "Não pode lembrar ou não vai?", pergunta o detetive. Ele sabe que se depor ele não jogará mais. Então que vemos as prioridades do torcedor.
Esse é o filme de estréia como diretor do mesmo roteirista do ótimo O lutador. Ao que parece ele gosta de jogar seus personagens até o limite do que são capazes de fazer. Gosta de vê-los indo até as última consequências. Por mais que ache bizarro um personagem como esse, confesso que fiquei interessado em ver até que ponto ele chegaria. E não me arrependi. E em parte ao ótimo trabalho de Patton Oswalt que está soberbo.

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